Tendo em conta a declaração de «situação de pandemia» por parte da Organização Mundial da Saúde e «o momento que se vive em Portugal, com o encerramento de um conjunto muito alargado de serviços públicos», a Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública (CGTP-IN) tomou a decisão de suspender a realização da Greve Nacional dos Trabalhadores da Administração Pública marcada para o próximo dia 20.
Desta forma, a organização sindical assegura que «os serviços funcionarão com a normalidade possível perante o quadro que se vive», mas não deixa de sublinhar, em nota à imprensa, que todas as razões subjacentes à marcação da greve «se mantêm e, aliás, têm hoje ainda mais validade e pertinência».
Neste sentido, a Frente Comum anuncia que irá prosseguir a luta «por melhores salários, pela valorização das carreiras, por uma efectiva negociação e na defesa dos Serviços Públicos, considerando as formas de luta que melhor se adequem, nos momentos concretos».
STAL cancela concentração nacional
«Não querendo contribuir para alarmismos», tendo em conta «as orientações emanadas das autoridades de saúde» face à situação epidémica existente, e evitando «riscos desnecessários» neste contexto, a direcção do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL/CGTP-IN) anunciou o cancelamento da concentração nacional de trabalhadores de empresas do sector dos resíduos EGF e SUMA, prevista para amanhã, frente à sede da Mota-Engil.
Numa nota, o STAL reafirma que todas as razões que motivaram a marcação desta concentração se mantêm e destaca que prosseguirá a acção nos locais de trabalho em defesa dos direitos e da melhoria das condições de trabalho dos milhares de trabalhadores que todos os dias recolhem e tratam os resíduos.
Sindicatos de professores suspendem acções de luta
Por seu lado, as nove organizações sindicais de docentes, que se voltaram a reunir na quinta-feira «para analisar a situação de bloqueio negocial imposto pelo Governo e pelo Ministério da Educação e decidir quais as ações de luta a desenvolver», tomaram a decisão de «suspender as acções previstas e que implicariam uma grande concentração de pessoas», tendo em conta a «situação de emergência vivida no País devido à epidemia do novo coronavírus», informa a Federação Nacional de Professores (Fenprof/CGTP-IN) no seu portal.
As organizações sindicais agendaram para 14 de Abril uma nova reunião, com o intuito de «reanalisar e reavaliar a situação» tanto no que respeita à «situação epidemiológica do País» como à «abertura do Governo para o diálogo negocial», revela a Federação, acrescentando que os vários sindicatos vão recorrer às instâncias internacionais e apresentar uma queixa à Organização Internacional do Trabalho contra o Estado português em virtude da recusa em negociar com as organizações sindicais.
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