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Trabalhadores protestam contra lay-off nas rodoviárias

Em vários pontos do País, estes trabalhadores rejeitam o prolongamento do lay-off, que penaliza os seus rendimentos e a necessária oferta de transportes públicos de acordo com as regras sanitárias em vigor.

Autocarro da Mafrense, uma das empresas do grupo Barraqueiro
CréditosKotomi / CC BY-NC 2.0

Os trabalhadores das rodoviárias do Tejo, Lis e Oeste em lay-off viram os seus salários drasticamente reduzidos para cerca de 570 euros líquidos.

Esta quarta-feira estiveram concentrados em protesto, em frente à sede da Rodoviária do Tejo, em Torres Novas. Além do fim do lay-off, reivindicam o direito das populações dos distritos de Santarém e de Leiria ao transporte público, que sofreu uma redução significativa apesar de as empresas privadas de transporte rodoviário de passageiros continuarem a receber financiamento do Estado para prestar um serviço público.

A União de Sindicatos de Santarém (USS/CGTP-IN) lembra num comunicado que este grupo de empresas é propriedade da Barraqueiro/Arriva, cujo maior accionista é Humberto Pedrosa, «o mesmo que alega prejuízos nas empresas rodoviárias, mas negoceia milhões no sector aéreo», e da Transdev, grupo multinacional francês «que ao longo de décadas transferiu para o estrangeiro os lucros gerados em Portugal».

A administração da Rodoviária do Alentejo informou que prolongará o recurso ao lay-off simplificado por mais um mês, deixando assim as populações sem transportes e os trabalhadores com mais um mês com redução dos salários e transitando os custos para a Segurança Social.

A Norte, a Arriva anunciou também que as suas empresas se manterão em lay-off durante o mês de Julho.

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