Abul Gheit declarou, num comunicado, que ainda é necessário o fim da ocupação israelita na Palestina e um Estado palestiniano independente com total soberania sobre os seus territórios ser estabelecido.
«Uma paz real e duradoura continua a ser uma opção estratégica para os países árabes (…), mas a etapa de relações de paz entre árabes e israelitas só chegará quando o povo palestiniano obtiver a sua liberdade e independência e quando houver a restauração dos seus direitos legítimos», afirmou Abul Gheit.
Abul Gheit defendeu também que o povo palestiniano deve ter «total soberania» sobre os territórios ocupados em 1967 e que Jerusalém Oriental seja sua capital.
O secretário-geral lembrou que «há uma rejeição árabe completa e unânime dos planos de anexação de Israel» e de qualquer medida unilateral que vise «mudar o estatuto das terras ocupadas por Israel».
A afirmação da Liga Árabe ocorre depois de, no dia 13, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a normalização das relações diplomáticas entre Israel e os Emirados Árabes Unidos como parte de um acordo pelo qual as autoridades israelitas deverão paralisar a anexação de parte do território palestiniano ocupado, apesar de a Palestina ter ficado à margem da decisão.
Tal como denunciou o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), nada se diz no referido acordo que comprometa Israel com a viabilização da solução dos dois estados, como a retirada dos territórios ocupados em 1967 ou sequer o congelamento da expansão dos colonatos, sublinhando que as zonas que Israel pretende anexar são referidas como «as áreas delineadas na Visão do Presidente para a Paz».
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