A reunião tida ontem no Ministério do Ambiente não correu como previam os presidentes dos cinco municípios que compõem a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL), chefiada por Vítor Proença, que é também presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal.
Numa nota do Município lê-se que foi colocada ao Governo, por intermédio do secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro, a «possibilidade de ruptura financeira» por parte dos cinco municípios, «pelo facto de se encontrarem a financiar o operador Rodoviária do Alentejo, neste período de pandemia».
As câmaras municipais de Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines têm vindo a garantir, através de transferências financeiras para a Rodoviária do Alentejo, os passes mensais, no montante máximo de 40 euros. O Município de Alcácer do Sal assegura ainda o pagamento do passe gratuito para todos os alunos do Ensino Secundário, que residam a mais de três quilómetros do estabelecimento de ensino.
Porém, lê-se no comunicado, «o Governo informou que, dos 94 milhões de euros que tem disponíveis no Orçamento Suplementar para apoiar os défices das operações de transportes públicos, o Litoral Alentejano, através da CIMAL, só terá direito a 50 mil euros».
Segundo o governante, citado na nota, «não existem condições para reforçar a verba, uma vez que a distribuição já se encontra aprovada», sendo que a esmagadora maioria será transferida para as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto.
Vítor Proença e os restantes membros da CIMAL lembraram que no Alentejo Litoral «há ausência de transporte de passageiros e que o modo rodoviário é a única oferta existente», sendo naquele território que se encontram os dois concelhos mais extensos do País.
Apesar de o valor atribuído pelo Governo ser «injusto», os presidentes de câmara do Litoral Alentejano reafirmam que «continuarão empenhados em proporcionar passes com um valor máximo de 40 euros a quem deles necessitar».
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