Estas metas salariais tinham sido aprovadas no XIV Congresso da Intersindical, que se realizou em Fevereiro, e foram agora aprovadas pelo seu Conselho Nacional como referenciais para o próximo ano.
O aumento geral dos salários em 90 euros, a fixação do salário mínimo nacional em 850 euros a curto prazo e a valorização das carreiras e profissões são reivindicações que se mantêm.
No documento reivindicativo aprovado esta quinta-feira, a central sindical considera que, «no quadro da situação actual, com uma tendência de quebra económica, estas reivindicações são ainda mais importantes para os trabalhadores e para o estímulo ao desenvolvimento do País».
«Estas reivindicações são centrais e constituem uma necessidade para a melhoria do nível de vida, a qual deve acompanhar o aumento das necessidades dos trabalhadores e das suas famílias», defende a central sindical.
Segundo a CGTP-IN, o aumento dos salários em 90 euros «terá impactos multifacetados», designadamente o «aumento do poder de compra» e a «redução da pobreza laboral», bem como o «aumento da receita fiscal» e a «redução do endividamento das famílias».
A Inter defende ainda a proibição dos despedimentos «por motivo económico» e a reversão daqueles que aconteceram no quadro do surto epidémico. Quanto ao combate à precariedade, a CGTP-IN sublinha a necessidade de garantir contratos efectivos a todos os postos de trabalho permanentes e a revogação das normas gravosas do Código do Trabalho, como o alargamento do período experimental.
Lembrando que esta central sindical «não se remeteu a uma acção exclusivamente nas redes sociais», a CGTP-IN afirmou que a actual situação «não suspendeu a democracia» e que é necessário o reforço da actividade sindical.
Na semana passada, a CGTP-IN convocou uma acção de luta para o dia 26 de Setembro, a decorrer em todas as regiões, em defesa de aumentos salariais, afirmando que a perda de rendimentos não é «natural e inevitável».
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