Numa nota enviada no domingo à tarde aos encarregados de educação, o Agrupamento de Escolas das Laranjeiras (AEL) informava que a escola básica ia encerrar devido ao facto de não haver auxiliares de acção educativa em número suficiente, atendendo a que uma delas testou positivo à Covid-19, obrigando outras três a ficarem em isolamento.
Esta segunda-feira, a Câmara de Lisboa alegou que, mesmo com a infecção detectada, os auxiliares da EB1/JI das Laranjeiras que restavam eram suficientes para permitir o funcionamento daquele estabelecimento, e que não tinha sido informada das dificuldades perante o caso positivo.
Em resposta ao que apelidou de «graves afirmações», o AEL exigiu a «reposição dos factos» e frisou que esta escola básica tem efectivamente ao serviço sete (e não nove, conforme divulgou a autarquia) auxiliares de acção educativa, tendo em conta que dois estão de baixa médica, para um total de quatro salas de jardim de infância e 15 do Primeiro Ciclo.
Hoje, a escola retomou a actividade com a colocação, por parte da autarquia, de quatro profissionais para substituir os que estão de quarentena, cumprindo com o «absurdo da portaria de rácios», como a designou o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas (STFPSSRA/CGTP-IN).
Numa audição na Comissão de Cultura, Educação, Juventude e Desporto da Assembleia Municipal de Lisboa, esta segunda-feira, o vereador da Educação admitiu que faltam 29 auxiliares de acção educativa nas escolas da capital para cumprir os rácios e que «alguns chegarão às escolas nos próximos dias». Ainda assim, os máximos legalmente estabelecidos ficam muito aquém das necessidades das escolas.
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