A colocação de um pontão flutuante e passadiço de embarque/desembarque no antigo terminal fluvial do Seixal permitiria, segundo Joaquim Santos, que a população continuasse a usufruir do transporte fluvial, mitigando os impactos da interrupção abrupta do serviço prestado no actual terminal fluvial.
O autarca acrescenta que esta solução, provisória e temporária, não teria as condições habituais de um terminal de carácter permanente, surgindo na sequência de uma consulta realizada pela autarquia junto de empresas da fileira náutica e de construção naval.
Recorde-se que, desde o dia 26 de Outubro, sem comunicação prévia ao Município do Seixal, os utentes da Transtejo estão impossibilitados de utilizar o terminal fluvial devido a obras de substituição do pontão de embarque/desembarque.
Sem data prevista para o restabelecimento da normalidade, Joaquim Santos afirma que a medida «lesa os interesses da população do concelho», não obstante reconhecer «a urgência e premência dos motivos para a realização da obra».
O edil adianta que, face às dúvidas levantadas em relação ao funcionamento das carreiras rodoviárias alternativas, «com relatos de incumprimentos de ligações rodoviárias, sobretudo Cacilhas-Seixal, sobrelotação de autocarros em horas de ponta e atrasos no serviço regular da TST», e procurando manter a credibilidade do novo modelo de passe social intermodal, em termos de acessibilidade marítima, «a cala de acesso e a área circundante à ponte-cais existente dispõem de fundos adequados ao posicionamento de um pontão flutuante e à navegação e manobra das embarcações da Transtejo/Soflusa».
Para tal, sustenta, bastaria «a definição de uma banda lateral e algumas intervenções de limpeza de boias e amarrações obsoletas, além da desobstrução do canal de acesso de algumas embarcações fundeadas».
Joaquim Santos defende ainda «ser possível instalar um pontão flutuante adequado e devidamente certificado, fixado por cabos/correntes à estrutura existente e a novos pontos de fixação a instalar na ponte-cais existente», bem como «um passadiço de embarque/desembarque a ligar a ponte-cais existente ao pontão flutuante, utilizando o actual espaço disponível na "cabeça" do pontão fixo».
O presidente da Câmara do Seixal reconhece que esta solução implicaria intervenções de reabilitação e qualificação da ponte-cais existente, a nível do reforço estrutural, piso e segurança. Relativamente à acessibilidade, realça que também estaria assegurada, já que se trata de uma zona ampla, «que permitiria facilmente a definição de corredores de acesso ao passadiço no piso da ponte-cais e o controlo do número de pessoas a circular em simultâneo nos mesmos».
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