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A «normalidade» de governar com o Chega

Rui Rio não compreende a indignação generalizada com a sua aliança com o Chega nos Açores e compara-a aos compromissos à esquerda que abriram caminho à recuperação de direitos dos trabalhadores em 2015.

CréditosTIAGO PETINGA / Agência LUSA

«O PS, que fez um acordo escrito e se entregou ao BE e ao PC em muitas leis e em todos os Orçamentos do Estado desde a Geringonça/2015, veste-se agora de virgem ofendida por não conseguir uma maioria nos Açores», escreveu este sábado Rui Rio na sua página no Twitter.

O líder do PSD comparou, assim, os compromissos assumidos pelo PS com os partidos à sua esquerda para repor rendimentos e direitos (liquidados pelo governo de Passos Coelho e Portas), com a aproximação política ao Chega, partido que propõe a castração quimica e física de pedófilos e o fim da Escola Pública e do Serviço Nacional de Saúde.

A intenção de Rui Rio é a de, mais uma vez, insistir em colar PCP e BE à extrema-direita, mas saiu-lhe o tiro pela culatra. Tentando dizer «vocês fizeram-no primeiro», Rio está a normalizar a governação com o Chega e a admitir que realmente se comprometeu com esse partido para obter uma maioria nos Açores, concordando em reduzir apoios sociais numa região onde os índices de pobreza e exclusão social são dos mais altos do País.

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