A declaração da Liga Árabe foi emitida ontem, depois de Mike Pompeo se ter tornado o primeiro secretário de Estado norte-americano a visitar um colonato na Margem Ocidental ocupada, após uma outra visita sem precedentes aos Montes Golã sírios também ocupados por Israel.
Sobre a viagem de Pompeo, que mereceu fortes críticas e repúdio generalizado das diversas facções palestinianas, a Liga Árabe afirmou que violava as normas do direito internacional.
Por seu lado, a funcionária palestiniana Hanan Ashrawi disse que a visita de Pompeo visava criar um novo precedente ilegal e lembrou que Pompeo, que «já fez estragos suficientes», estava a pisar «terra palestiniana roubada por Israel», indica a PressTV.
Numa declaração proferida esta quinta-feira, Pompeo anunciou que os produtos importados por Washington dos colonatos ilegais israelitas passariam a ser etiquetados como produtos de Israel.
A decisão foi classificada por dirigentes palestinianos como uma «provocação», uma «violação do direito internacional» e uma confirmação da parceria entre a administração de Donald Trump e o ocupante isarelita.
Pompeo também foi aos Montes Golã
O governo sírio qualificou como «provocação» a visita de Mike Pompeo aos colonatos israelitas nos Montes Golã ocupados, tendo afirmado que representa «um passo provocador antes do fim do mandato da administração de Donald Trump» e constitui «uma violação da soberania da República Árabe da Síria», refere a agência SANA.
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros pede às Nações Unidas e à comunidade internacional que condenem este facto, que é também uma violação das resoluções da ONU, entre elas a número 497 do Conselho de Segurança, que rejeita a decisão de Israel de anexar os Montes Golã e a dos EUA de reconhecer essa anexação.
A declaração, que também condena a visita do funcionário norte-americano aos colonatos israelitas na Cisjordania ocupada, «exige a Israel que deixe de construir colunatos ilegais e de alterar o carácter urbano e a estrutura demográfica e institucional, bem como o estatuto jurídico dos Montes Golã sírios ocupados».
«A Síria reitera o seu apelo ao Conselho de Segurança para que assuma as suas responsabilidades no quadro da Carta da ONU e que tome medidas concretas e imediatas para impedir que se repitam tais visitas provocadoras de funcionários norte-americanos», refere o texto.
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