Os utentes da Caixa Geral de Depósitos (CGD) recusam ficar sem mais um serviço de proximidade e apelam ao Governo que garanta que a gestão do banco público atende às necessidades das populações.
Em Lisboa, onde, tal como em Alfama, se prevê o encerramento do balcão da CGD de Marvila já na próxima semana, a população esteve concentrada esta manhã junto ao banco público, na Rua do Jardim do Tabaco, para contestar e exigir a reversão da decisão de encerramento deste balcão.
Os moradores e os pequenos comerciantes que ainda resistem no bairro, que nos últimos anos foi alvo de uma tremenda especulação imobiliária, recusam o encerramento, e consequente reencaminhamento para um balcão no bairro da Graça, e exigem que a Câmara de Lisboa intervenha junto da administração da CGD e do Governo pela manutenção do banco público junto das populações.
Entendem que o desaparecimento da agência da CGD pode ser mais um contributo para a desertificação de Alfama, com efeitos nefastos para os trabalhadores e para a população, sobretudo a mais idosa.
A ideia é reforçada numa petição criada pela Associação do Património e da População de Alfama (APPA), dirigida ao Governo e à administração da CGD, e aos órgãos de poder local.
Hoje também, moradores de Agualva e Mira Sintra, e de Massamá e Monte Abraão, no concelho de Sintra, concentraram-se em frente à sede do banco público, em Lisboa, para protestar contra a intenção de encerrar duas agências em zonas habitadas por população mais idosa e com dificuldade em deslocar-se, que poderão ficar a uma distância de cerca de três quilómetros de outra agência da CGD.
O plano para encolher a presença e a quota de mercado da Caixa, imposto pela Comissão Europeia no âmbito do processo de recapitalização pública do banco, previa uma redução de 2200 trabalhadores e o encerramento de 180 balcões até ao final deste ano.
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