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Greve por mais funcionários nas escolas de Canelas

Os auxiliares de acção educativa do Agrupamento de Escolas de Canelas, em Vila Nova de Gaia, estão hoje em greve, para denunciar que a falta de funcionários impede o normal funcionamento das escolas.

Créditos / STFPSN

«Sem estes trabalhadores, as escolas não funcionam», explicou Orlando Gonçalves, do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte (STFPSN/CGTP-IN), à RTP, junto à concentração que se realizou à porta da Escola Básica e Secundária de Canelas, neste dia de paralisação.

Estes trabalhadores estão hoje em greve para reivindicar a contratação de mais assistentes técnicos e operacionais, questão fundamental para garantir o funcionamento regular das escolas.

Se a situação já era dramática em anos lectivos anteriores, hoje as necessidades básicas para o funcionamento das escolas estão seriamente comprometidas com o actual contexto de pandemia, que exige ainda mais medidas de segurança sanitária.

O dirigente sindical aponta críticas ao Executivo que, mais uma vez, «não ouviu os representantes desta classe profissional para definir a portaria de rácios». Para Orlando Gonçalves é incompreensível que o ministro da Educação nunca tenha recebido os sindicatos ou a federação que representam estes trabalhadores, numa demonstração de desrespeito por esta classe profissional.

Para além da falta de pessoal, os baixos salários são outra situação candente, com trabalhadores que há 30 anos exercem uma profissão indispensável para o funcionamento da Escola Pública, e continuam a ganhar o salário mínimo nacional.

Recorde-se que a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS/CGTP-IN) já convocou, para o próximo dia 29 de Janeiro, uma greve nacional dos trabalhadores não docentes das escolas da rede pública.

Em comunicado na página da federação pode ler-se que as reivindicações para esta luta dos trabalhadores passam «pelo fim do trabalho precário e pela integração sem termo de todos os trabalhadores com contrato a termo certo», pela contratação imediata de seis mil trabalhadores não docentes, pela dignificação salarial e funcional, com a reposição das carreiras específicas e pelo fim do processo de municipalização da Escola Pública.

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