Contestação à concessão da Fortaleza de Peniche cresce

A petição lançada na última sexta-feira já conta com mais de 4 mil subscritores online, juntando nomes de diversas áreas.

Entre os primeiros subscritores encontram-se Maria do Céu Guerra, Nuno Ramos de Almeida, Sérgio Godinho, Jaime Serra, Carlos Costa ou Mário de Carvalho
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Em cerca de cinco dias, o número de assinaturas já ultrapassou largamente as 4 mil. À lista inicial de primeiros subscritores divulgada na sexta-feira, juntaram-se nomes como o músico Sérgio Godinho, o jornalista Nuno Ramos de Almeida ou a actriz Maria do Céu Guerra. Também Jaime Serra e Carlos Costa, dois dos dez prisioneiros que integraram a fuga colectiva de 1960, se juntaram à longa lista de personalidade.

4370

A petição já conta com mais de 4000 subscritores de várias áreas políticas, culturais e sociais

O AbrilAbril sabe que estão a ser recolhidas assinaturas em papel, pelo que o número total de subscritores já ultrapassa os 4370 (registados na página da petição às 11h44). É expectável que a movimentação pública em torna da polémica proposta de concessão venha a obrigar o Governo a reconsiderar a proposta.

A petição lançada exige que a Fortaleza de Peniche se mantenha como património nacional e saia da lista que contém 30 monumentos que deverão ser concessionados a entidades privadas para desenvolvimento unidades hoteleiras e turísticas. 

«Os abaixo assinados democratas antifascistas, surpreendidos com as recentes notícias sobre a concessão do Forte de Peniche, empenhados na defesa da necessária preservação da memória e resistência ao fascismo e pelo respeito de milhares de portugueses que deram o melhor das suas vidas para que o povo português pudesse viver em liberdade, apelam ao Governo para que o Forte de Peniche permaneça património nacional, símbolo da repressão fascista e da luta pela liberdade», declara o texto da petição. 

O projecto «Revive», lançado em conjunto pelos ministérios da Cultura, da Economia e das Finanças prevê a concessão a privados de monumentos históricos, por um período entre 30 e 50 anos, para o desenvolvimento de unidades hoteleiras e turísticas. Da lista inicial de 12 imóveis consta a Fortaleza de Peniche, prisão-símbolo do regime fascista, por onde passaram cerca de 2 mil presos políticos até ao 25 de Abril.

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