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Dividendos distribuídos e descapitalização na Galp

Acusando a administração da Galp de «insanidade económica», a comissão de trabalhadores diz que esta sustenta a distribuição de dividendos em dívida e na venda dos activos.

CréditosManuel de Almeida / Agência Lusa

«Face ao resultado negativo de 42 milhões de euros, a administração afirma que irá distribuir 318 milhões de euros aos accionistas», alerta a CCT em comunicado, sublinhando que «a administração, em comunicado aos accionistas, anunciou um dividendo relativo ao ano de 2020 de 35 cêntimos por acção, que corresponde a 290,37 milhões de euros».

Esta distribuição de lucros é sustentada na descapitalização da empresa, afirmam os trabalhadores em comunicado, lembrando a venda de 75,01% da participação da Galp Gás Natural Distribuição (GGND) e respectivo encaixe de 368 milhões de euros, no primeiro trimestre deste ano, o que corresponde à venda de activos para «alimentar os accionistas». 

O mesmo comunicado questiona «até quando esta realidade será encoberta e protegida pelo Governo e pelo Presidente da República?»

Para a CCT, os resultados apresentados pela administração relativos ao ano de 2020 comprovam «um estilo de gestão errática» que não aponta um caminho autónomo de desenvolvimento e sustentação do negócio, com as necessárias adaptações aos desafios da descarbonização da economia. 

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