No seguimento da reunião, a ONU e membros europeus do Conselho de Segurança emitiram uma declaração conjunta em que exigem a Israel que pare as demolições de aldeamentos no distrito de Humsa Al-Baqaia e a expulsão dos beduínos das suas terras, segundo a Al-Jazeera.
Pelo menos 70 pessoas, incluindo 14 crianças, da comunidade beduína de Humsa Al-Baqaia, no vale do rio Jordão, na Cisjordânia ocupada, viram as suas casas destruídas e estão ameaçadas de expulsão por Israel, que pretende anexar as terras onde vivem para a expansão de novos colonatos judaicos.
A pretexto da aplicação do chamado Plano Trump, que não é reconhecido pelos palestinianos nem pela esmagadora maioria da comunidade internacional, os israelitas aplicam têm vindo a acelerar a expansão de colonatos, anexando de facto território palestiniano.
Os subscritores da declaração mostraram-se «profundamente preocupados com as repetidas demolições e confiscações de bens», levadas a cabo pelas autoridades israelitas no vale do Jordão, que desta vez nem pouparam «estruturas financiadas pela União Europeia e outros dadores», e expressaram que Israel deve «permitir acesso humanitário total, livre e sustentado» à comunidade beduína.
A fértil e estratégica faixa de terreno de Humsa al-Baqia, no vale do rio Jordão, entre o lago Tibérias e o Mar Morto, tem vindo a tornar-se um dos focos do conflito israelo-palestiniano na Cisjordânia.
Cerca de 60 mil palestinianos vivem na região mas, segundo a ONU, quase 90% das terras foi unilateralmente incluído por Israel na chamada Área C, que se encontra sob total controlo de Israel e inclui áreas militares fechadas onde foram instalados, em 50 colonatos, mais de 12 mil israelitas.
A lei do Estado de Israel proíbe os palestinianos que vivem na Área C de terem terras próprias, abrirem poços ou construirem seja que estrutura for, tornando-os estrangeiros e desapossados na sua própria terra.
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