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Cuba explica na ONU como o bloqueio limita o acesso às tecnologias

A ministra das Comunicações de Cuba, Mayra Arevich, rejeitou esta terça-feira a aplicação de medidas coercivas unilaterais que restringem o acesso dos países às tecnologias para o desenvolvimento.

Perante o bloqueio e a desigualdade digital existente no mundo, a ministra das Comunicações de Cuba apelou à unidade e à solidariedade à escala global 
Créditos / uci.cu

Na sua intervenção virtual no debate temático de alto nível da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre cooperação digital e conectividade, a ministra cubana denunciou igualmente como o bloqueio imposto pelos Estados Unidos à Ilha limita o acesso da população a tecnologias de ponta.

Perante cenários deste tipo, a ministra apelou à unidade e à solidariedade à escala global, refere o portal cubadebate.cu.

As tecnologias da informação e as comunicações (TIC) são uma ferramenta para enfrentar eficazmente a pandemia de Covid-19 e contribuir para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável e a Agenda 2030, salientou.

«Com base nesses princípios, reiteramos a necessidade de reforçar a cooperação e a solidariedade internacional, de modo a construir um mundo justo, equitativo, inclusivo e mais bem conectado», disse, citada pela fonte.

Referiu-se, também, à grande desigualdade digital existente entre diferentes países, apesar dos avanços alcançados nos últimos tempos. Estas iniquidades aumentaram na pandemia, enquanto o próprio contexto da crise sanitária atribuiu maior relevância às TIC para trabalhar, estudar, exercer o comércio e viver nas actuais circunstâncias, disse.

Por isso, é tão importante contar com uma infra-estrutura de telecomunicações que favoreça o acesso de todos em igualdade de condições e contribua para responder aos grandes desafios na área digital, insistiu.

Apesar do bloqueio, Cuba continua a ampliar os serviços digitais

Cuba trabalha com um Plano de Desenvolvimento Económico e Social, correspondendo aos objectivos e às metas da Agenda 2030, que concebe dentro dos eixos e sectores estratégicos da economia, o desenvolvimento das telecomunicações, precisou Arevich.

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«Os EUA jamais conseguirão vergar Cuba com a Lei Helms-Burton»

Sitaram Yechury, secretário-geral do PCI(M), afirmou que na Índia haverá sempre solidariedade com o povo cubano e mostrou-se confiante na capacidade da Ilha para derrotar a agressividade crescente dos EUA.

A Assembleia Geral das Nações Unidas tem votado de forma esmagadora contra o bloqueio imposto pelos EUA contra Cuba
Créditos / Celag

«A administração de Donald Trump quer sufocar ainda mais os cubanos e este ano activou o Título III da Lei Helms-Burton», afirmou o secretário-geral do Partido Comunista da Índia (Marxista), Sitaram Yechury, numa entrevista que concedeu à Prensa Latina, esta quinta-feira, em Nova Déli.

Considerou, no entanto, que os «Estados Unidos jamais conseguirão destruir a Revolução cubana» com esse passo. A este propósito, Sitaram Yechury lembrou que Washington tem vindo a perseguir a destruição da Revolução «desde 1960, sem êxito». «E não vão atingir os seus objectivos, embora continuem a aumentar a pressão económica sobre o corajoso povo cubano», declarou.

Sobre a Lei Helms-Burton, o secretário-geral do PCI(M) recordou que «foi promulgada em 1996, há 23 anos». «Com ela, a Casa Branca intensifica ainda mais o criminoso bloqueio contra Cuba», sendo que «este terceiro título, que foi activado em Março último, diz respeito a propriedades que foram nacionalizadas na ilha caribenha após o triunfo da Revolução, em 1959», explicou.

«Contudo, essas propriedades foram nacionalizadas de acordo com as normas cubanas. Cuba, tal como o recordo, negociou com muitos países europeus – entre eles Espanha e outros com os quais mantém actualmente excelentes relações económicas – todos os procedimentos de nacionalização que foram promulgados, e não houve qualquer problema», disse.

Para o dirigente comunista indiano, a «verdadeira intenção» dos Estados Unidos, que se recusaram a aceitar as nacionalizações, «não é obter uma compensação, mas provocar danos graves à economia cubana». «A Lei Helms-Burton declara de forma inequívoca que visa derrubar o governo socialista de Cuba e ter aí um regime fantoche do imperialismo norte-americano. Esse é que é o objectivo político», defendeu.

Agressividade crescente dos EUA e apoio renovado à Ilha

«Com Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, a agressividade aumentou consideravelmente», denunciou Sitaram Yechury, que recordou a política de «hegemonia norte-americana a nível mundial» e, em particular, a interferência dos EUA nos assuntos internos dos países latino-americanos, por considerarem «a América Latina como seu pátio traseiro».


Numa mensagem à Ilha, que há 60 anos luta contra o bloqueio ilegal imposto pelos Estados Unidos, Yechury sublinhou que «há sempre solidariedade na Índia com o povo cubano e o Partido Comunista de Cuba», e que essa solidariedade continuará a alastrar, pois «ninguém deve interferir com a autoridade soberana do povo de um país». «Os Estados Unidos tentam fazê-lo e isso é inadmissível», afirmou.

O dirigente comunista lembrou que a Assembleia Geral das Nações Unidas rejeitou de forma esmagadora, em anos consecutivos, a Lei Helms-Burton e que ele mesmo votou uma vez, em representação da Índia, a favor da condenação do bloqueio económico. Apesar da forte ofensiva por parte dos EUA, disse ter a certeza de que os cubanos, que «sempre os derrotaram», os «vão derrotar de novo».

Cuba, «fonte de inspiração»

«Cuba foi sempre uma grande fonte de inspiração para a minha geração, que cresceu quando na Ilha se afirmava o Socialismo», afirmou o secretário-geral do PCI(M), sublinhando que líderes como Fidel Castro e Che Guevara marcaram os jovens da sua geração e continuam a ser uma «inspiração».

«A Revolução cubana teve um impacto muito significativo nos assuntos mundiais» e continua a ser importante para «os povos que lutam por um sistema social melhor», disse.

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Pese embora o bloqueio económico, comercial e financeiro imposto por Washington e agudizado no contexto da pandemia, a Ilha prossegue com a ampliação dos serviços nessas áreas, referiu.

Actualmente, disse Arevich, mais de 64% dos cubanos acedem à Internet, e 6,6 milhões de utentes têm telemóvel; ao mesmo tempo, crescem as redes 4G e 76% da população possuem cobertura de sinal de televisão digital.

O debate temático de alto nível na ONU realizou-se esta terça-feira centrado na questão da desigualdade digital e nas formas de a ultrapassar, e visava sublinhar a importância e a urgência de um compromisso político nesse sentido, também para apoiar a resposta e a recuperação frente à Covid-19, refere o cubadebate.cu.

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