A Comissão de Trabalhadores da Petrogal (CTP) emitiu um comunicado onde se debruça sobre o relatório elaborado pela Faculdade de Economia e Gestão da Universidade do Porto (FEP), a propósito do impacto económico e social do encerramento da refinaria de Matosinhos.
Um documento, onde para além de referenciar a destruição de cerca de cinco mil postos de trabalho, «como o preço a pagar por toda a Área Metropolitana do Porto (AMP) em termos sociais e um impacto económico de 1% no PIB da AMP», aponta algumas razões para a decisão de encerrar a refinaria que se sustentam nos argumentos da administração da empresa.
Nesse sentido, segundo o comunicado, «no que toca à distribuição de dividendos aos accionistas», a FEP «encontrou o argumento da estabilidade», mas não perguntou «aos cinco mil trabalhadores que já perderam ou ainda venham a perder o seu emprego qual é a opinião deles sobre o tema, quão estáveis se sentem».
Entretanto, a Comissão de Trabalhadores da Petrogal, por um lado, pretende retirar consequências deste relatório «que vão muito para lá das pretensões da Câmara Municipal de Matosinhos», de discutir apenas a questão das instalações e dos terrenos da refinaria, e exige o anulamento do «despedimento colectivo em curso e com efeito a 15 de Setembro para a maioria dos trabalhadores, [que] deve ser anulado de imediato». Por outro, chama a atenção para o facto de o relatório manifestar estranheza pela «inexistência de uma posição por parte do segundo accionista directo da empresa, a Parpública», e sublinha o silêncio do Governo, em particular do ministro do Ambiente e da Transição Energética.
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