Em entrevista à Antena 1, esta segunda-feira, e colocado perante vários cenários, Rui Rio começou por colocar o da vitória do PSD, reiterando que a primeira opção seria dialogar com CDS-PP e a IL, se tal permitisse maioria no Parlamento. Se tal não fosse possível, defendeu que o PS, «ao contrário do que aconteceu nesta legislatura, devia estar disponível para negociar no sentido de viabilizar um Governo do PSD» e as «reformas estruturais» que Rio diz ter para o País, em áreas como a fiscalidade, Segurança Social e Constituição da República, a que Rio pretende aplicar nova revisão.
«Admito que possa ser complicado fazer um acordo parlamentar de legislatura, mas pelo menos metade da legislatura, seria mais sensato. E depois fazer um balanço ao fim de dois anos», disse. Da mesma forma, Rui Rio admitiu estar disponível para um acordo caso haja um governo minoritário do PS e seja ele a sair vencedor das eleições internas do PSD, no dia 27 de Novembro.
Apesar da afirmação de António Costa, de que o Governo cairia no dia em que dependesse do PSD, a verdade é que foi com o apoio dos social-democratas que o Executivo do PS firmou questões centrais, como a desconcentração de competências para as autarquias locais e o Portugal 2030 – quadro plurianual de fundos estruturais para a próxima década.
No Parlamento, foi graças a este bloco central, onde se inclui o CDS-PP (e outros), que se travaram medidas importantes para o País, como a redução da idade da reforma, o fim da concessão da Fertagus e dos CTT, não obstante as reclamações de utentes e trabalhadores, e também das propinas. Sem surpresas, foi igualmente com os partidos à sua direita que o PS inviabilizou a revogação do pacote de facilitação dos despedimentos e a reposição dos 25 dias de férias, medidas introduzidas pelo governo de Passos e Portas.
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