A medida anunciada, segundo a Caves do Solar de São Domingos, insere-se numa «estratégia global de médio prazo» com o objectivo de se «afirmar como empresa baluarte produtora de vinhos, espumantes e aguardentes» e de valorizar o «seu tecido laboral», desmentindo, por um lado, a tese de Carlos César, presidente do PS, segundo a qual com um aumento significativo do Salário Mínimo Nacional (SMN) iríamos «ver pequenas e médias empresas a caírem, um pouco por todo o País, como castelos de cartas, transformando salários em subsídios de desemprego e falências empresariais». Por outro, as afirmações de Marcelo Rebelo de Sousa após a promulgação dos decretos do Governo que aumentam o salário mínimo nacional e os vencimentos da Administração Pública, onde sublinhava «que todos nós gostaríamos que se fosse mais longe, mas há um conjunto de pequenas e médias empresas e há uma situação crítica pós-pandémica que explica a solução».
Como se percebe, ao contrário da afirmação do Presidente da República, nem todos gostariam que se fosse mais longe nos aumentos salariais. Aliás, um aumento de salário mínimo pago por todos nós, considerando as compensações que o Governo atribui indiscriminadamente às empresas ano após ano, não distinguindo as que precisam e as que não precisam de apoio.
Recorde-se, a propósito, que uma das questões essenciais no chumbo da proposta de Orçamento do Estado (OE) foi a intransigência do Governo em relação ao aumento do SMN para um valor superior aos 705 euros, agora aprovado.
No debate de encerramento da discussão do OE, João Oliveira sublinhou que o PCP, em relação ao aumento do SMN, partiu de uma proposta de aumento para 850 euros, embora admitindo «a possibilidade de começar o ano de 2022 com um valor de 755, chegando aos 800 no final do ano».
António Costa não saiu da sua posição inicial de 705 euros e manteve a proposta que tinha desde Março, deixando no ar a ideia de que queria eleições antecipadas, na perspectiva de poder alcançar uma maioria absoluta.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui