Chegou ao fim o arrastado processo de substituição do Almirante Mendes Calado, enquanto CEMA, cargo que, segundo o próprio, não deixou «por vontade própria».
Aliás, depois de, em finais de Setembro, se ter ficado a saber da combinação prévia, entre o Presidente da República, o Governo e o então CEMA, para a saída deste antes do prazo estipulado, ficou-se agora também a saber que era Gouveia e Melo o escolhido para tomar posse no início do ano e que só a sua ida para a task force originou a recondução, precária, de Mendes Calado.
Em entrevista ao Expresso, o recém-empossado CEMA sublinha que o processo da sua nomeação «já tinha sido iniciado muito antes. Foi interrompido pela necessidade de me passarem para a task force».
O Presidente da República e o primeiro-ministro apresentaram como pretexto para o momento desta alteração no topo da hierarquia da Marinha a promulgação próxima das novas leis orgânicas dos três ramos das Forças Armadas e do Estado Maior General (EMGFA). Uma justificação considerada pouco compreensível, nomeadamente porque há cerca de dois meses o Chefe de Estado Maior do Exército foi reconduzido no cargo.
Entretanto, fica a expectativa quanto ao recato do novo CEMA, considerando alguma incompatibilidade entre as estrelas inerentes ao posto/cargo e as do espaço mediático que, em vagas sucessivas e repetitivas, estranhamente o têm vindo a projectar.
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