O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, apelou à mobilização dos activistas de comunistas, ecologistas e outros democratas nos últimos dias da campanha eleitoral.
«Vamos entrar na derradeira fase desta campanha em que é imperioso convocar todas as energias, todas as capacidades, todas as disponibilidades e iniciativa para garantir o êxito eleitoral da CDU, para melhor servir os trabalhadores, o povo e o país.»
As palavras do líder do PCP foram pronunciadas durante uma arruada na Baixa da Banheira, concelho da Moita (Setúbal), esta quarta-feira, com a participação de centenas de activistas da CDU. A iniciativa de campanha assinalou a reentrada do dirigente comunista na campanha, depois da cirurgia a que foi submetido na semana passada.
Jerónimo de Sousa disse aos jornalistas presentes que tinha sido difícil assistir de «fora» à campanha eleitoral e elogiou os médicos, enfermeiros e técnicos hospitalares que tornaram mais suportável a sua impaciência e estada no Hospital.
Na sua intervenção, no fim da arruada, começou por saudar os activistas presentes e os muitos milhares de pessoas que fazem a campanha da CDU em todo o país.
«Aos muitos que aqui dão expressão a esta acção da CDU, uma calorosa saudação. Aqui estou convosco numa campanha em que estive impedido de participar, pelas razões que se conhecem. Esta campanha imensa que prosseguiu, em que cada um de vós, cada um dos activistas da CDU, tomou nas suas mãos a responsabilidade de dar corpo à campanha. Dando sentido e dimensão aquela expressão que usamos: nós somos todos candidatos da CDU.»
O dirigente do PCP sublinhou que «as próximas eleições são muito importantes para o futuro. E que no próximo domingo cada voto da CDU conta e decide.», concluindo, «cada voto na CDU vai decidir o futuro do país. Recusamos o retrocesso e a estagnação. Cada voto na CDU é o voto do progresso, dos direitos e das condições de vida. Mas é também o voto da força de combate contra as desigualdades e as injustiças.»
Jerónimo de Sousa não só explicou as várias conquistas que foram possíveis nos últimos seis anos de governo do Partido Socialista devido à luta das populações e às propostas da CDU, como deixou várias críticas à actuação do Partido Socialista desde que recusou as propostas dos comunistas para o Orçamento de Estado.
«Alguns camaradas que aqui estão lembram-se de que, aqui há uns meses, por causa do Orçamento do Estado, os gritos de: “aqui-d'el-rei que vem a direita. Abriram as portas à direita”. Vejam lá, aqui quem abre a porta à direita é precisamente António Costa com estas conversas que tem tido ultimamente.»
Interrogado sobre o facto do secretário-geral do PS te deixado «cair» a ideia que vai ter uma maioria absoluta, já admitindo o diálogo com outros partidos entre os quais o PCP e o PEV, Jerónimo de Sousa respondeu que António Costa «caiu na realidade», mas que cabe aos portugueses com o seu voto construir uma correlação de forças que permita eleger deputados que contribuam para resolver os problemas do país.
Para isso o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, não se ficou pela crítica e defendeu a necessidade uma convergência das forças de esquerda depois das eleições
«É uma ideia que deveria ser aprofundada», sustentando que os comunistas «são promotores dessa convergência,mas convergência em torno de coisas concretas, e não em torno de declarações mais ou menos etéreas», acrescentou.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui