A posição dos trabalhadores foi acertada ao longo dos plenários que o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias da Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB/CGTP-IN) dinamizou ao longo do mês de Janeiro.
Face aos bons resultados da empresa, os trabalhadores reivindicam, para «além da necessidade de melhoria dos salários, majorada em função do conhecimento e da senioridade, um subsídio de alimentação de sete euros, em contraponto com o actual de 2,5 euros», que nem permite adquirir uma refeição digna em qualquer uma das áreas de implementação das fábricas do grupo.
Outra dos objectivos dos funcionários da Varandas de Sousa é a «diminuição da carga semanal de trabalho para 35 horas e o aumento das férias para 25 dias sem restrições», o que lhes permitiria melhorar a sua qualidade de vida e, «consequentemente, a melhoria dos seus índices de produtividade».
O SINTAB já requereu à administração o envio de uma contra-proposta, bem como o agendamento de uma reunião para o dia 14 de Fevereiro. O sindicato ressalva que as trabalhadoras têm demonstrado «altos índices de predisposição para a reivindicação de melhorias de rendimentos e direitos, especialmente porque foram a base fundamental da recuperação agora publicitada e não viram, ainda, quaisquer sinais de ressarcimento pela abnegação e espírito de sacrifício que demonstraram e que tão bons resultados deram».
A Varandas de Sousa é, hoje em dia, líder nacional na produção e venda de cogumelos frescos, renascida das cinzas do grupo Sousacamp, que entrou num processo de insolvência que incluiu o perdão de cerca de 60 milhões de euros de dívidas. O grupo Core Capital/Sugal é a actual detentora da empresa.
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