As organizações representativas dos trabalhadores da Rodoviária de Lisboa, do grupo Barraqueiro, reuniram-se esta quarta-feira para implementar as decisões do plenário do passado dia 1, tendo decidido avançar com nova paralisação no dia 4 de Março.
A par da greve de 24 horas, os trabalhadores vão concentrar-se na manhã desse dia, em frente à sede da Barraqueiro, no Campo Grande, em Lisboa, e manter a greve ao trabalho extraordinário, ao longo do mês de Março.
Em causa está a exigência do aumento do salário, que já foi absorvido pelo salário mínimo nacional. O ordenado médio de um trabalhador da Rodoviária de Lisboa é de cerca de 700 euros (brutos), enquanto o ordenado mínimo nacional é de 705 euros.
Na Transdev, a administração da empresa apresentou, ontem também, uma nova proposta que, segundo os trabalhadores, «continua longe» da valorização do salário dos trabalhadores.
«Propõem a passagem para 755 euros do que entendem ser o salário-base do motorista em 2021 – 735 euros = 700 euros + 35 euros correspondente a 5% de subsídio de agente único», revela a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN), através de comunicado.
A proposta está «ainda longe dos objectivos dos trabalhadores, uma vez que consideramos que o nível zero da tabela salarial teria que partir do salário-base, sem integração dos 5% de subsídio de agente único», detalha a estrutura sindical.
Para os trabalhadores das oficinas, a proposta da Transdev é de 20 euros de aumento salarial e de 15 euros para as restantes categorias profissionais. Já quanto ao subsídio de refeição, propõem uma subida de apenas 25 cêntimos.
Segundo a Fectrans, a empresa ficou de reformular a proposta até sexta-feira, a qual será discutida numa reunião, dia 21 de Fevereiro, na Casa Sindical de Lisboa.
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