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Urgência pediátrica de Faro encerra por falta de médicos

A urgência de Pediatria do Hospital de Faro vai encerrar, entre hoje e segunda-feira, devido à falta de profissionais para assegurar escalas. Médicos alertaram em Setembro para «situação de falência».

A carência de médicos pediatras, «a que se juntam algumas situações de baixa médica, tornam impossível a constituição das equipas das urgências pediátricas, pelo que nos vemos forçados a encerrar a urgência de Pediatria da unidade de Faro, de hoje até segunda-feira», informou, através de comunicado, o Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA), esta sexta-feira.

De acordo com o centro hospitalar, que integra os hospitais de Faro, Portimão e Lagos, entre hoje e segunda-feira «continuará aberta a urgência de Pediatria da unidade de Portimão».

O CHUA defende que, «apesar de todas as múltiplas e repetidas iniciativas, junto de outros hospitais, de médicos individualmente e da estrutura hierárquica», não conseguiu recrutar especialistas de Pediatria, e apela aos utentes que, «sempre que possível», recorram aos seus médicos assistentes e aos centros de saúde, «em segundo lugar, aos Serviços de Urgência Básica de Vila Real de Santo António, Loulé, Albufeira ou Lagos, e, quando absolutamente necessário, ao Serviço de Urgência Pediátrica da Unidade de Portimão».

Contudo, adianta, as crianças que comparecerem no Serviço de Urgência de Faro serão canalizadas para a urgência geral.

Segundo o CHUA, a Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos e Neonatais de Faro continuará em pleno funcionamento e garantirá o apoio à maternidade e a assistência às situações clínicas pediátricas mais graves.

«Tentaremos manter o apoio pediátrico à maternidade de Portimão, no sentido de preservar o seu funcionamento», lê-se na nota.

Já em Setembro de 2021, data em que se anunciou que o centro hospitalar ia ficar sem urgências pediátricas durante a noite por falta de profissionais, os médicos tinham alertado para a «alarmante situação de falência» da urgência pediátrica do Hospital de Faro e reclamado soluções. Numa carta enviada à administração do CHUA, alertavam para o facto de o «envelhecimento persistente do corpo clínico» e a saída de médicos dificultarem o preenchimento das escalas na urgência.

Os subscritores da missiva denunciavam que as escalas estavam a ser preenchidas com recurso a médicos de Medicina Geral e Familiar, ameaçando a assistência pediátrica na unidade de Faro do CHUA, que assiste uma população de 57 mil utentes até aos 18 anos.


Com agência Lusa

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