A Associação Nacional de Sargentos (ANS) emitiu um comunicado, na sequência das cerimónias realizadas este sábado, na Batalha, para assinalar o 104.º aniversário da Batalha de La Lys, a propósito das intervenções aí proferidas pelo Presidente da República e pela ministra da Defesa Nacional.
A ANS destaca, por um lado, as afirmações do Comandante Supremo das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa, segundo as quais «todos devem trabalhar pela Paz. Trabalhar pela Paz é criar mais justiça, mais crescimento económico, menos pobreza e menos desigualdades, mas é também prevenir a Paz fortalecendo e prestigiando as Forças Armadas».
Por outro, chama a atenção para as declarações da recém-empossada ministra, Helena Carreiras, sobre a intenção de reforçar a operacionalidade das Forças Armadas, na perspectiva de que tal reforço passará também «pelo investimento nas pessoas» e pela «dignificação da condição militar, atraindo mais jovens para as Forças Armadas e proporcionando a todos os militares melhores condições de serviço».
Perante estes discursos, a ANS lança três questões: «porque o aumento de vencimento é urgente, para os militares, como para toda a gente, vai ou não o Governo rever o regime remuneratório dos militares, com vista a que em 2023 a criação da tal justiça, o crescimento económico, a menor pobreza e as menores desigualdades se comecem a vislumbrar?»; vai o Governo, «dignificando a Condição Militar, e apostando em investimento nas pessoas, tratar de que os militares sejam promovidos à data da abertura da vaga e, consequentemente, ter direito ao vencimento pelo novo posto desde esse momento, pondo fim à inaceitável e comprovadamente injustificável situação de reiterado atraso a que se tem vindo a assistir?»; o Governo vai proceder à alteração, conforme a Resolução n.º 70/2019 da Assembleia da República, do Regulamento de Avaliação do Mérito dos Militares das Forças Armadas, que tantas injustiças tem vindo a provocar?
Por fim, o comunicado da associação de sargentos sublinha a necessidade de os responsáveis políticos passarem «das palavras ditas em discursos de circunstância às soluções concretas, respeitando as associações socioprofissionais e os trabalhos que, com seriedade e labor, apresentam».
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