A moção de censura que a Assembleia da República vai discutir esta quarta-feira tem chumbo garantido, face não só à maioria absoluta dos socialistas, mas também aos votos contra já anunciados de PCP e BE.
À direita, PSD e IL assumem o incómodo desta moção e anunciaram que se vão abster, um sentido de voto que já mereceu críticas de André Ventura, nomeadamente em relação a Luís Montenegro, a quem já acusa de ser «uma versão dois de Rui Rio». Na verdade, mais do que criticar o Governo, o Chega pretende ganhar terreno aos partidos à sua direita, em particular ao PSD. Aliás, importa lembrar que na discussão do Orçamento do Estado para este ano o Chega foi o partido da oposição que mais propostas do PS aprovou.
Nesse sentido, terão razão os que apontam a moção apresentada pelo partido de André Ventura não como uma iniciativa que visa propor soluções para os problemas que Portugal enfrenta, mas apenas uma manobra política, considerando que os projectos e as políticas do Chega só contribuem para agravar os problemas com que as populações e os trabalhadores se confrontam no nosso País.
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