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Solidariedade com Cuba em nova jornada mundial contra o bloqueio

Nos últimos dias, muitas vozes uniram-se em torno da solidariedade com Cuba e da mensagem contra o bloqueio que lhe é imposto pelos EUA. Em Portugal, estão agendadas iniciativas para dias 14 e 18.

Solidariedade com Cuba em Dominica 
Créditos / @CubaMINREX

Na sua conta de Twitter, a diplomata cubana Anayansi Rodríguez Camejo, vice-ministra dos Negócios Estrangeiros, destacou a solidariedade recebida no âmbito de mais uma jornada mundial contra o bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos, considerado um dos principais factores que impedem o desenvolvimento do país caribenho.

«Este fim-de-semana outra jornada mundial de solidariedade com Cuba, todos #JuntosXCuba em diversas latitudes reclamando #EliminaElBloqueo», escreveu a representante governamental.

Figuras públicas, activistas, personalidades, associações de cubanos residentes no estrangeiro e amigos da Ilha transmitiram, de diversas formas, o seu apoio à Revolução, condenaram o bloqueio, bem como as tentativas de subverter a ordem constitucional, quando passa um ano sobre os distúrbios de 11 de Julho de 2021, instigados e financiados pelos EUA, segundo denunciaram as autoridades cubanas.

Cartaz da iniciativa solidária com Cuba em Portugal 

Em países como México, Bolívia, Itália, Argentina, Equador, França, Estados Unidos, Dominica, Nicarágua, Espanha, Suíça, Austrália, Guatemala, Alemanha e Canadá houve iniciativas solidárias e mensagens a sublinhar que «Cuba não está sozinha».

Em Portugal, a Associação de Amizade Portugal-Cuba, em conjunto com outras organizações, promove acções solidárias com Cuba e contra o bloqueio nos próximos dias 14, em Lisboa (Rossio, 18h), e 18, no Porto (Universidade Popular do Porto, 18h), com o lema «Fim ao bloqueio! Solidariedade com Cuba! América Latina livre e soberana!».

Díaz-Canel: a 11 de Julho, Cuba celebra uma vitória da Revolução

Ao participar, este domingo, numa jornada de produção com a juventude na província de Artemisa, o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, disse que o verdadeiro significado do 11 de Julho de 2021 foi uma vitória da Revolução e outra derrota para o império.

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Autoridades cubanas alertam para pressões dos EUA no seu guião contra a Ilha

A administração dos EUA está a fazer pressão e chantagem sobre terceiros países para que se pronunciem contra Cuba, no âmbito da sua agenda de desestabilização, segundo denunciam as autoridades da Ilha.

A Assembleia Geral das Nações Unidas tem votado de forma esmagadora contra o bloqueio imposto pelos EUA contra Cuba
A utilização de «fake news», o recurso às redes sociais para manipular e alimentar campanhas para desacreditar o governo cubano e a revolução têm sido destacados pelas autoridades cubanas, que sublinham o sofrimento causado pelo bloqueio norte-americano no país Créditos / Celag

O ministro cubano dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, divulgou na véspera uma «declaração conjunta» de condenação a Havana, tendo responsabilizado o Departamento de Estado norte-americano pela sua redacção, com o intuito de a promover entre membros da Organização de Estados Americanos (OEA).

Rodríguez desafiou o secretário de Estado, Antony Blinken, a reconhecer ou desmentir as pressões que está a exercer sobre outros países, «forçando-os a aderir a esta declaração ou a emitir uma semelhante».

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Díaz-Canel apela à defesa da revolução nas ruas

«Se querem ter um gesto verdadeiro para com Cuba, se querem preocupar-se com o povo, apoiem o levantamento do bloqueio e veremos como jogamos», desafiou o presidente.

CréditosYander Zamora / Epa/Lusa

Este domingo foi marcado pela ocorrência de protestos, aos quais se seguiu a ocupação das ruas por milhares de cubanos em defesa da revolução, lado a lado com o próprio presidente, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, que também saiu è rua e alertou para a tentativa de desestabilização do país a partir do exterior.

Entretanto, num discurso ao povo cubano proferido este domingo, o presidente sublinhou que, já em 2019, se tinham começado a intensificar, a partir do estrangeiro, um conjunto de medidas restritivas, nomeadamente um endurecimento do bloqueio e «perseguições financeiras contra o sector energético», com o objectivo de «sufocar» a economia cubana e provocar a «desejada eclosão social massiva», com o objectivo de justificar uma interferência externa.

«Dizem que somos uma ditadura, uma ditadura que se preocupa em dar saúde a toda a sua população,[...] que almeja vacinar todos com uma vacina cubana. Porque sabíamos que ninguém nos venderia vacinas.[...] Que estranha ditadura»

Díaz-canel

O contexto da pandemia de Covid-19, com o agravamento vivido nas últimas semanas e a multiplicação das estirpes, veio piorar a situação, segundo o presidente cubano, que fala também na forma «cobarde» e «perversa» como algumas das situações complicadas são exploradas por muitos daqueles que sempre apoiaram o bloqueio.

«Querem reforçar a ideia de que o governo cubano não é capaz de sair desta situação, como se estivessem realmente interessados em resolver os problemas de saúde de nosso povo», afirmou Díaz-Canel, que lançou ainda o desafio: «Se querem ter um gesto verdadeiro para com Cuba, se querem preocupar-se com o povo, [apoiem] o levantamento do bloqueio e veremos como jogamos».

«Dizem que somos uma ditadura, uma ditadura que se preocupa em dar saúde a toda a sua população, que busca o bem-estar de todos, que no meio desta situação é capaz de ter programas e políticas públicas para todos, que almeja vacinar todos com uma vacina cubana. Porque sabíamos que ninguém nos venderia vacinas e que nem sequer tínhamos dinheiro para ir ao mercado internacional comprar vacinas. Que estranha ditadura», ironizou.

Alertando para a existência de «manipuladores» ao serviço de campanhas internacionais de desestabilização, Diáz-Canel deixou o apelo a todos os revolucionários para defenderem a revolução nas ruas, acusando o governo de Joe Biden de intensificar as medidas de bloqueio contra Cuba, nomeadamente no que se refere à compra de combustíveis e de componentes necessários ao sistema electroenergético.

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«Tal documento prova a coacção sistemática e com pouco êxito, que os leva ao desespero», referiu por seu lado o responsável pela América Latina do Ministério dos Negócios Estrangeiros cubano, Eugenio Martínez, na rede social Facebook.

Martínez apontou os EUA como actor fundamental na criação das condições, instigação e financiamento dos distúrbios que ocorreram na Ilha no passado dia 11 de Julho.

«Trabalhando na penumbra com coacção e poucos resultados, os Estados Unidos procuram juntar países à sua cruzada anticubana, para criar desestabilização», disse, citado pela Prensa Latina.

«No entanto, 19 países na América Latina e Caraíbas em cinco dias reclamaram o fim do bloqueio contra o país antilhano», recordou.

«Manobra calculada de desestabilização» explicada no Vietname

Orlando Hernández Guillén, embaixador de Cuba no Vietname, afirmou esta quarta-feira que os protestos recentes no seu país resultam de uma «perversa e calculada manobra de desestabilização» com evidente participação dos Estados Unidos.

Falando para os principais meios comunicação vietnamitas, o diplomata explicou que, antes das manifestações de 11 de Julho, foi desencadeada nas redes sociais uma campanha para desacreditar o governo cubano.

«De forma oportunista, foram aproveitadas as dificuldades materiais a que o nosso povo está sujeito por causa do bloqueio norte-americano e a situação resultante da pandemia de Covid-19 para apresentar Cuba como um país no caos», disse, acrescentando que «a tentativa de subverter a ordem interna em Cuba fracassou».

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Grito de solidariedade com Cuba

Face à campanha de desestabilização desencadeada contra a ilha caribenha, várias organizações promoveram, em Lisboa, uma acção de solidariedade com a revolução e o povo cubano.

Várias organizações promoveram um acto de solidariedade com Cuba e pelo fim ao criminoso bloqueio dos EUA a este país, em frente à embaixada cubana em Lisboa, a 15 de Julho de 2021
CréditosPaulo António

«Como poderia estar só um povo e uma Revolução que tanto deram e dão aos povos do mundo? Como poderia estar só quem durante as últimas seis décadas fez da solidariedade, da amizade e da cooperação o dia-a-dia da sua política externa?», perguntou Gustavo Carneiro do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), um dos promotores desta acção de solidariedade que reuniu largas centenas de pessoas, esta quinta-feira, junto à embaixada de Cuba, em Lisboa.

«Não ao Bloqueio dos EUA! Cuba Vencerá» foi o mote para a concentração, cuja convocatória lembrava o bloqueio «reiteradamente condenado pela esmagadora maioria dos países com assento na Assembleia Geral das Nações Unidas» e que «atenta gravemente contra os direitos do povo cubano e o desenvolvimento do seu país».

Lembrando os «elevados índices de desenvolvimento humano, de fazer corar de vergonha muitos países ditos desenvolvidos», o dirigente sublinhou que, ao contrário da maioria dos países da América Latina e das Caraíbas, em Cuba «ninguém dorme na rua, não há crianças a catar lixo para sobreviver, a saúde é para todos, a educação é generalizada, a infância e a velhice são protegidas».

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Díaz-Canel apela à defesa da revolução nas ruas

«Se querem ter um gesto verdadeiro para com Cuba, se querem preocupar-se com o povo, apoiem o levantamento do bloqueio e veremos como jogamos», desafiou o presidente.

CréditosYander Zamora / Epa/Lusa

Este domingo foi marcado pela ocorrência de protestos, aos quais se seguiu a ocupação das ruas por milhares de cubanos em defesa da revolução, lado a lado com o próprio presidente, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, que também saiu è rua e alertou para a tentativa de desestabilização do país a partir do exterior.

Entretanto, num discurso ao povo cubano proferido este domingo, o presidente sublinhou que, já em 2019, se tinham começado a intensificar, a partir do estrangeiro, um conjunto de medidas restritivas, nomeadamente um endurecimento do bloqueio e «perseguições financeiras contra o sector energético», com o objectivo de «sufocar» a economia cubana e provocar a «desejada eclosão social massiva», com o objectivo de justificar uma interferência externa.

«Dizem que somos uma ditadura, uma ditadura que se preocupa em dar saúde a toda a sua população,[...] que almeja vacinar todos com uma vacina cubana. Porque sabíamos que ninguém nos venderia vacinas.[...] Que estranha ditadura»

Díaz-canel

O contexto da pandemia de Covid-19, com o agravamento vivido nas últimas semanas e a multiplicação das estirpes, veio piorar a situação, segundo o presidente cubano, que fala também na forma «cobarde» e «perversa» como algumas das situações complicadas são exploradas por muitos daqueles que sempre apoiaram o bloqueio.

«Querem reforçar a ideia de que o governo cubano não é capaz de sair desta situação, como se estivessem realmente interessados em resolver os problemas de saúde de nosso povo», afirmou Díaz-Canel, que lançou ainda o desafio: «Se querem ter um gesto verdadeiro para com Cuba, se querem preocupar-se com o povo, [apoiem] o levantamento do bloqueio e veremos como jogamos».

«Dizem que somos uma ditadura, uma ditadura que se preocupa em dar saúde a toda a sua população, que busca o bem-estar de todos, que no meio desta situação é capaz de ter programas e políticas públicas para todos, que almeja vacinar todos com uma vacina cubana. Porque sabíamos que ninguém nos venderia vacinas e que nem sequer tínhamos dinheiro para ir ao mercado internacional comprar vacinas. Que estranha ditadura», ironizou.

Alertando para a existência de «manipuladores» ao serviço de campanhas internacionais de desestabilização, Diáz-Canel deixou o apelo a todos os revolucionários para defenderem a revolução nas ruas, acusando o governo de Joe Biden de intensificar as medidas de bloqueio contra Cuba, nomeadamente no que se refere à compra de combustíveis e de componentes necessários ao sistema electroenergético.

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Não pretendendo ocultar «as dificuldades e as carências, provocadas por um bloqueio económico, comercial e financeiro – ilegal, imoral e criminoso que dura há 60 anos – a que acrescem os efeitos da pandemia», Gustavo Carneiro fez referência ao agravamento das restrições que não foi atenuado pela nova administração norte-americana, que insiste naquilo a que chama de uma «falsa ajuda humanitária e libertadora», que condenou países como o Iraque e a Líbia à «pobreza e miséria».

O dirigente assinalou ainda o contexto local, uma vez que, para os EUA, a América Latina é o seu «pátio das traseiras», no qual vem interferindo sistemáticamente, como recentemente no Paraguai, na Bolívia, no Brasil, nas Honduras, na Venezuela, e na Nicarágua.

Para além do CPPC, intervieram representantes de outras organizações promotoras desta iniciativa, entre as quais a Associação de Amizade Portugal-Cuba, o projecto Ruído e a CGTP-IN, que  sublinharam a exigência de denunciar a hipocrisia dos que, através de um bloqueio que dura há 60 anos, tentam asfixiar a economia de Cuba e impor dificuldades ao seu povo.

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Hernández Guillén garantiu que o Estado e o governo têm pleno controlo da situação e que as instituições funcionam normalmente, dentro das condições que a emergência sanitária impõe.

Em tempo recorde e com recursos próprios, mesmo com o recrudescimento do bloqueio – referiu –, Cuba produziu uma vacina contra a Covid-19, tem uma candidata a vacina cuja terceira fase já terminou e mais três em ensaios clínicos.

O diplomata, informa a Prensa Latina, disse que, tanto na luta contra a pandemia como nos protestos manipulados, a Ilha recebeu inúmeras expressões de solidariedade internacional, tendo destacado o apoio do Vietname, que exigiu o fim do bloqueio imposto pelos EUA, considerando-o a principal causa das dificuldades que os cubanos enfrentam.

«Há pouco dias apresentei as minhas credenciais como embaixador e, nos dias seguintes, fui recebido por numerosos dirigentes vietnamitas. Todos me disseram que o Vietname está agora e estará sempre ao lado de Cuba», referiu.

O diplomata agradeceu ao Clube de ex-Estudantes Vietnamitas em Cuba, à Associação de Amizade Vietname-Cuba e a vários cidadãos deste país pelas suas declarações e gestos de apoio.

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Em declarações à imprensa, o chefe de Estado afirmou que, se há alguma coisa que celebrar, é a vitória do povo face às tentativas de levar a cabo um «golpe suave».

«Houve acontecimentos desagradáveis, ocorreram acções de vandalismo com uma crueldade e vulgaridade tremendas, mas o povo veio para as ruas defender a Revolução e em menos de 24 horas já não havia distúrbios», acrescentou, citado pela Prensa Latina.

Disse ainda que, agora, sobretudo a partir de Miami (EUA), se procura assinalar a data apelando a rupturas com base em posicionamentos violentos, atentando contra a tranquilidade dos cidadãos, com uma linguagem de ódio e violência, como aconteceu ao longo de todo o último ano.

«A Revolução tem estado sempre a revolucionar-se a si mesma, mas num contexto de constante cerco económico, político, mediático, com um bloqueio reforçado, do qual o povo vai sair revolucionando e mostrando cada vez mais a resistência criativa», afirmou Díaz-Canel.

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