Numa pergunta endereçada ao chefe da diplomacia portuguesa, através da Assembleia da República, os comunistas questionam «o que está a impedir a efectivação do mecanismo de correcção cambial automática ou a alteração da moeda de pagamento aos trabalhadores consulares e missões diplomáticas no Brasil», que são os «únicos pagos» na moeda oficial daquele país.
O PCP admite haver um clima de «exaustão e desmotivação» entre os trabalhadores, não só por esta situação, mas também por haver funcionários consulares que estão há mais de um ano e meio a aguardar um vínculo.
Com base nesta informação, a bancada comunista quer saber «quantos trabalhadores da rede de Serviços Periféricos Externos não estão inscritos na Segurança Social» e quando é que o executivo prevê corrigir esta situação. Mas também quando é que se prevê a publicação da regulamentação dos salários dos trabalhadores dos centros culturais do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua.
Em declarações à TSF, esta terça-feira, um representante do Sindicato dos Trabalhadores Consulares admitiu que as hipóteses de conversação com o Governo estavam esgotadas, prevendo-se uma greve a partir de 5 de Setembro, data em que Marcelo Rebelo de Sousa estará presente na comemoração do bicentenário da independência do Brasil, onde estão previstas manifestações dos funcionários locais.
Na missiva enviada ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, o PCP pergunta ainda quando se prevê a abertura de concurso de recrutamento para postos consulares.
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