A denúncia é feita pela Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas e Eléctricas (Fiequimetal/CGTP-IN), que protesta pelo facto de a administração do grupo REN ter decidido adiantar os dividendos aos accionistas, enquanto remeteu «para Janeiro a negociação salarial», adiando a resposta à proposta de um aumento imediato de 200 euros por trabalhador.
Esta reivindicação, segundo os sindicatos, «vai ao encontro do que já fizeram outras grandes empresas portuguesas com lucros inferiores à REN», que obteve em 2021 um lucro superior a 91 milhões de euros. Entretanto, só nos primeiros nove meses de 2022 o lucro já «ultrapassou os 81 milhões, ou seja, um aumento de 19,1 por cento relativamente ao mesmo período do ano anterior».
A Fiequimetal considera que a REN tem perfeitas condições para «ajudar os seus trabalhadores a enfrentarem» o aumento desmesurado do custo de vida que se verificou este ano, os mesmos «trabalhadores que geraram a riqueza que lhes permite distribuir esses dividendos».
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