|transporte fluvial

Utentes da Transtejo exigem fim das supressões

As comissões de utentes do Seixalinho (Montijo), Seixal, Barreiro e Almada promovem uma concentração, esta tarde, no Cais do Sodré, em Lisboa, pela normalização dos transportes fluviais. 

«Até onde quererão levar estas medidas?», questiona a Fectrans
CréditosMiguel A. Lopes / Agência Lusa

«Face às contínuas e gravíssimas alterações de serviços prestados pela Transtejo-Soflusa, com especial incidência desde o passado dia 22 de Dezembro, tomou esta Comissão a iniciativa de apelar à direcção da empresa e a variados órgãos de poder local», refere a Comissão de Utentes do Cais do Seixalinho (CUCS), na sua página no Facebook. 

«Dado que as comunicações dirigidas à Transtejo-Soflusa e ao poder local de Montijo e de Alcochete ficaram, até agora, sem resposta e o péssimo serviço prestado continua, reserva-se esta Comissão ao encetar de novas formas de protesto», prossegue. 

O cenário de dificuldades levou a uma coordenação com as comissões de utentes do Seixal, Barreiro e Almada, tendo decidido realizar um protesto, hoje, pelas 17h, na estação fluvial do Cais do Sodré. 

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PS chumba reforço de meios para Transtejo e Soflusa

O PS travou a proposta de reforço de 5,25 milhões de euros para o transporte fluvial no Tejo; o PSD e o CDS-PP abstiveram-se. A degradação do serviço é tal que até afectou a discussão do Orçamento.

Problemas na travessia do Tejo persistem há anos sem resolução
Créditos / cibersul.org

A proposta do PCP previa um reforço de 5,25 milhões de euros nas transferências do Orçamento do Estado para a Transtejo e a Soflusa. O PS votou contra, o PSD absteve-se e o PCP e o BE votaram a favor, na sessão desta tarde da Comissão de Orçamento e Finanças, na Assembleia da República.

Os comunistas justificaram a sua proposta com a discrepância entre as necessidades financeiras das empresas para darem resposta às necessidades de manutenção e reparação dos navios. Recorde-se que os problemas têm afectado as travessias fluviais entre Lisboa e a Margem Sul, com supressões e atrasos recorrentes.

Esta realidade entrou na discussão do Orçamento de forma impressiva, durante a audição do ministro do Ambiente, que tutela o sector. O deputado do PCP Bruno Dias chegou atrasado à reunião precisamente devido à supressão de carreiras da Transtejo.

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A acção desta tarde marca «uma nova fase» de protestos, perante uma empresa que, denuncia a CUCS, «continua sem um Plano de Manutenção estabelecido». Daí decorre, que, «cada vez mais frequentes, as avarias numa frota envelhecida e com deficiente Manutenção de Continuidade se traduzam em situações de, por vezes, haver mais navios em reparação do que a navegar», levando a «enormes e gravíssimos» prejuízos para todos os utentes da Margem Sul do Tejo.

Esta segunda-feira, a empresa anunciava no seu site que, devido a problemas técnicos da frota, não é possível garantir a realização de todas as carreiras previstas em períodos de ponta, de manhã e de tarde, entre Lisboa e o Seixal. Segundo os utentes, nos últimos tempos, as ligações Lisboa-Seixal e Lisboa-Montijo têm sido realizadas com apenas um barco. 

Em 2022, o número de passageiros da Transtejo-Soflusa cresceu 48% face a 2021, registando-se 15 803 pessoas transportadas. 

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