Plenário de trabalhadores do Ensino Automóvel conduz a conclusões

Não foge à realidade que fustiga a generalidade dos trabalhadores. Esta é a avaliação feita pelos trabalhadores do Ensino Automóvel reunidos em plenário na passada semana. As questões da desvalorização salarial e a sua, cada vez mais, aproximação ao Salário Mínimo Nacional foi um dos destaques, situação que não será alterada com a proposta da Associação Nacional dos Industriais do Ensino de Condução Automóvel.

Para além da actualização salarial que reponha o poder de compra, foi apontado como uma necessidade a regulamentação das Carreiras Profissionais, questão que irá ser trabalhada, estudada e discutida com os profissionais do sector para ser transformada em proposta.

Outro dos temas em destaque foi a questão da Formação Profissional nomeadamente a falta de cumprimento da legislação no que diz respeito às 40 horas de formação remuneradas, durante o período de trabalho, o necessário para o exercício da actividade, o que constituirá assim uma reivindicação sindical já na próxima negociação.

A duração do tempo de trabalho, superior ao estabelecido na lei e na convenção colectiva, com denúncias também mereceu críticas, até porque de acordo com os trabalhadores as horas extraordinárias muitas vezes não são remuneradas, ou são remuneradas por valores inferiores ao estipulado.

De acordo com a FECTRANS e o seu sindicato, o STRUP, uma outro caminho será além das negociações com o patronato poderá ser, na base de casos concretos, denunciar junto da ACT – Autoridade para as Condições de Trabalho, ou mesmo, avançar com casos individuais para tribunal,nos casos onde se verifique o desrespeito pela convenção que abrange o sector. 

Haverá reunião no dia 16 de Março entre o patronato e a estrutura sindical e com base nisso será agendado um outro plenário para se continuar a discussão dos diversos temas, mas também discutir o que fazer para os trabalhadores do Ensino Automóvel fazerem ouvir a sua voz.