Com início previsto para as 16h na Biblioteca Municipal de Alcochete, a conversa é dinamizada pelo núcleo local do Movimento Democrático de Mulheres (MDM).
Na sua página de Facebook, o movimento sublinha a pertinência da iniciativa, que se integra nas comemorações do 25 de Abril, uma vez que «muitas escritoras, mulheres raras, foram descobertas e publicadas após a Revolução de Abril» e «também elas fizeram parte da resistência e luta pela nossa democracia».
«Nas publicações de referência da História da Literatura Portuguesa do século XX escasseiam mulheres», lê-se no texto de divulgação da iniciativa, acrescentando que «podemos afirmar sem estar longe da verdade que as mulheres escreviam menos que os homens».
A questão é saber porquê e se se justifica que «os nomes de mulheres ao longo da primeira metade do século se contem pelos dedos de uma mão».
Rosa Azevedo, que é formada em Literatura Portuguesa e Francesa, tem vindo a realizar, desde 2007, diversos cursos sobre Literatura Portuguesa, sendo um deles o que se designa como «Mulheres Raras», sobre a cultura feminina e escritoras portuguesas no século XX.
Na conversa e no debate do próximo dia 15, vai-se abordar precisamente essa «cultura feminina, por oposição a uma escrita feminina», destaca o MDM.
Também se irá falar de escritoras e do meio onde se tiveram de afirmar, e reflectir em conjunto sobre o fenómeno de apagamento a que foram sujeitas.
Acima de tudo, afirma o MDM, «vamos devolver à literatura alguns destes livros e destas autoras».
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