|País Basco

Trabalhadores da Implika continuam a lutar contra o despedimento colectivo em Bilbau

A empresa, que oferece cursos de formação destinados à inserção no mundo do trabalho no Estado espanhol, anunciou a intenção de despedir 185 trabalhadores, cem dos quais em Bilbau.

Trabalhadores da Implika numa concentração de protesto, em Bilbau, a 4 de Maio de 2023 
Créditos / ELA

No passado dia 1 de Março, o Grupo Implika anunciou o início de um processo de despedimento colectivo que contempla a destruição de mais de 185 postos de trabalho em todo o Estado, revela o sindicato ELA.

De acordo com o plano, a maioria dos trabalhadores afectados são de Bilbau – cem em 156 trabalhadores deviam ir para a rua, pelo que, logo a 16 de Março, os trabalhadores deram início a uma greve por tempo indeterminado.

Desde então, realizaram manifestações, piquetes de greve, concentrações, informações sobre o processo em curso, que, defende o ELA, é «injusto» e se baseia em razões «infundadas».

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Trabalhadores da Implika manifestam-se em Bilbau contra o despedimento colectivo

A empresa, que oferece cursos de formação destinados à inserção no mundo do trabalho no Estado espanhol, anunciou a intenção de despedir 100 trabalhadores em Bilbau.

Concentração de trabalhadores da Implika, em Bilbau, a 16 de Março de 2023, primeiro dia de greve contra o despedimento colectivo 
Créditos / ELA

Os funcionários do Grupo Implika manifestaram-se, esta quarta-feira, pelas ruas da capital biscainha, exigindo o fim do processo de despedimento colectivo (ERE) apresentado pela empresa.

A mobilização de ontem, que ligou diferentes gabinetes do grupo em Bilbau, teve lugar no sexto dia de greve por tempo indefinido que os trabalhadores da Implika estão a levar a cabo.

Segundo refere o sindicato ELA, a adesão à greve está a ser grande, envolvendo mobilizações diários de denúncia do despedimento colectivo.

Na manifestação desta quarta-feira, 22 de Março, os trabalhadores denunciaram o despedimento colectivo e reclamaram uma solução / ELA

O processo de despedimento apresentado pela empresa contempla a destruição de 183 postos de trabalho, a maioria dos quais em Bilbau – cem de 156 trabalhadores vão para a rua, alerta o ELA.

Logo na manhã de dia 16, houve piquetes de greve com informação sobre o processo em curso, que, defende o ELA, é «injusto» e se baseia em razões «infundadas».

Para o próximo dia 27 está agendada uma nova reunião, tendo o ELA criticado o facto de as negociações decorrerem em Madrid, uma vez que a sede social da empresa e a maioria dos seus funcionários estão em Bilbau.

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Entretanto, o Grupo Implika deu por concluídas as negociações e, só em Bilbau, já avançou com o despedimento de 87 trabalhadores. Nas reuniões mantidas até 14 de Abril, a direcção da empresa manteve-se inflexível, denuncia o ELA, apesar das propostas apresentadas pelo sindicato.

Mesmo neste contexto, com 60% do pessoal despedido, os trabalhadores não desistem e, ontem, voltaram a concentrar-se, na capital biscainha, frente a uma das empresas do grupo, a Master D, para denunciar o despedimento, sublinhar que 90% dos trabalhadores despedidos são mulheres e assinalar 50 dias de greve.

Também foram despedidos trabalhadores noutros centros do Grupo Implika no País Basco – Donostia e Pamplona – e no resto do Estado, refere o ELA, afirmando que vai continuar a lutar pela manutenção dos postos de trabalho e que está a preparar um processo contra o despedimento colectivo.

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