|México

López Obrador denuncia campanha contra a gratuitidade dos livros escolares

Ao denunciar a «campanha difamatória do conservadorismo» contra a distribuição gratuita de manuais escolares, o presidente mexicano acusou certos governadores de «sectarismo e politiquice».

Créditos / La Jornada

Na habitual conferência matinal, Andrés Manuel López Obrador sublinhou, esta terça-feira, que a concepção e a distribuição dos manuais são uma competência do executivo federal, pelo que impedir a sua entrega «seria uma atitude contrária à Constituição, um acto inconstitucional».

Obrador aludiu desta forma à atitude dos governadores dos estados de Chihuahua, Coahuila, Jalisco e Guanajuato (de partidos da oposição), que anunciaram que não iriam proceder à distribuição dos manuais de texto gratuitos para o próximo ano lectivo, tendo-os acusado de estar a agir de «forma sectária e politiqueira».

O presidente mexicano rejeitou as críticas ao conteúdo dos livros, refere o diário La Jornada, afirmando que se trata de «uma campanha difamatória do conservadorismo, sem sustento», e tendo reiterado que esta mesma terça-feira a Secretaria da Educação Pública (SEP) daria a conhecer todos os conteúdos.

«Dizem que, com os livros, se vai injectar o vírus do comunismo», declarou López Obrador, para em seguida afirmar que isso é «grotesco, um absurdo» e que quem o faz age com «má-fé». «Por isso, se vai dar a conhecer o que contêm os livros, feitos por professores, pedagogos, especialistas», disse.

Andrés Manuel López Obrador durante a conferência matinal no Palácio Nacional, na Cidade do México, a 8 de Agosto de 2023 // Cristina Rodríguez / La Jornada

A este propósito, lembrou que se trata de uma reacção semelhante à que os sectores conservadores tiveram quando se iniciou a distribuição de manuais gratuitos, durante o governo do presidente Adolfo López Mateo, no século passado.

Então, «também alguns estados se manifestaram contra, e são quase as mesmas organizações de direita, muito conservadoras», defendeu.

No Palácio Nacional, na Cidade do México, Obrador disse ainda que o seu governo vai esperar pelo início formal do processo de distribuição e entrega dos manuais, e, se for caso disso, poderá recorrer a vias legais para que o processo seja cumprido.

Rejeição dos manuais é alheia ao interesse educativo, defendem especialistas

Em declarações ao La Jornada, alguns especialistas e pedagogos reconheceram avanços ao nível da igualdade de género, cuidados de saúde e aproximação à diversidade linguística, mas também apontaram «carências, desfasamentos e inclusive contradições» nas propostas pedagógicas e metodológicas, que devem ser corrigidas.

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A direita extrema reuniu-se em conclave no México

Porque teve lugar o encontro no México?, pergunta-se no La Jornada, em alusão a um evento organizado pela Conferência Política de Acção Conservadora que juntou políticos e outras figuras de extrema-direita.

Encontro da extrema-direita no México 
Créditos / spamchronicles.com

Num artigo publicado esta quarta-feira no diário mexicano La Jornada, Bernardo Barranco V. coloca estas questões, para lá da justificação evidente de que a esquerda e as forças progressistas têm vindo a ganhar terreno na América Latina e de que é preciso esmagar o socialismo.

Estiveram presentes figuras conhecidas como o ex-presidente polaco Lech Walesa; Eduardo Bolsonaro, filho do ainda presidente brasileiro; Donald Trump e Steve Bannon, via teleconferência; Santiago Abascal, dirigente do partido espanhol Vox; Zury Ríos, filha do general Efraín Ríos Montt, presidente da Guatemala através de um golpe militar; Ramfis Domínguez-Trujillo, neto do ditador Rafael Léonidas Trujillo, da República Dominicana; Christopher Landau, ex-embaixador dos Estados Unidos no México; o senador republicano Ted Cruz; ou Javier Milei, líder de La Libertad Avanza, na Argentina.

Por que razão a Conferência Política de Acção Conservadora (CPAC), com origem nos EUA, decidiu realizar este encontro no México no fim-de-semana passado?, questiona o jornalista.

«Tem a ver com a disputa da Presidência em 2024? O México é chave na controvérsia ideológica do continente?», continua a perguntar como quem atira hipóteses, revelando que a presença, no conclave mexicano, da organização secreta de extrema-direita designada El Yunque, «embora discreta, foi palpável».

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López Obrador insiste na libertação de Assange

O presidente mexicano defendeu, esta terça-feira, a libertação do jornalista australiano, pediu à ONU que faça o mesmo e disse que a questão será abordada na sua visita a Washington, em Julho.

Uma defensora de Julian Assange segura um cartaz em sua defesa e contra a extradição, junto ao Tribunal de Westminster, em Londres 
Créditos / globaltimes.cn

Na encontro diário com os jornalistas no Palácio Nacional, na Cidade do México, López Obrador reafirmou que as portas do país americano estão abertas para Julian Assange, caso seja libertado, e anunciou que, depois de já ter tratado o caso com o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, também vai solicitar a Joe Biden a libertação do co-fundador do WikiLeaks, cuja extradição para os EUA foi autorizada pela Justiça e o governo britânicos.

López Obrador exibiu um vídeo, divulgado pelo WikiLeaks, em que jornalistas que cobriam a invasão norte-americana do Iraque são assassinados por elementos da Força Aérea dos EUA, para assim expressar que as revelações de Assange não são espionagem e que é por isto que se encontra preso.

Neste sentido, considerou muito decepcionante que a Justiça britânica e o governo liderado por Boris Johnson tenham extraditado Julian Assange para os Estados Unidos e perguntou: «E as liberdades? Vamos tirar a estátua da liberdade de Nova Iorque? Vamos continuar a falar de democracia? Vamos continuar a falar de protecção de direitos humanos e liberdade de expressão?»

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Assange e a miséria do jornalismo

Perante a mascarada de justiça que prossegue num tribunal de Old Bailey, evaporam-se os princípios deontológicos e as normas éticas de uma profissão essencial para a dignidade de qualquer ser humano.

Activistas dos direitos humanos manifestaram-se em apoio de Julian Assange em frente à embaixada britânica em Bruxelas, Bélgica, a 7 de Setembro de 2020. O fundador do Wikileaks, que se encontra preso no Reino Unido, contesta a partir de hoje, num tribunal londrino, um pedido de extradição apresentado pelos EUA por ter exposto segredos militares relacionados com crimes de guerra cometidos por este país no Afeganistão e no Iraque
Julian Assange contesta num tribunal londrino, desde 7 de Setembro passado, um pedido de extradição apresentado pelos EUA por ter exposto segredos militares relacionados com crimes cometidos por este país Créditos EPA/OLIVIER HOSLET / LUSA

O silêncio guardado pela comunicação social corporativa em relação ao linchamento judicial de Julian Assange e da liberdade de informação que está a decorrer em Londres testemunha o estado de miséria a que chegou o jornalismo dominante, capturado pelos grandes interesses minoritários e elitistas que controlam o mundo.

Perante a mascarada de justiça que prossegue num tribunal de Old Bailey para crucificar o homem que contribuiu para demonstrar alguns dos mais incontestáveis crimes contra a humanidade que têm vindo a ser cometidos em nome da democracia, das liberdades e dos direitos humanos, evaporam-se os mais básicos princípios deontológicos e as mais elementares normas éticas de uma profissão que é essencial para a dignidade de qualquer ser humano, sob qualquer sistema político e em qualquer lugar do mundo. O martírio de Assange é relatado e desmontado apenas por jornalistas e comentadores submetidos a uma espécie de clandestinidade mediática, barrados pelo muro espesso de silêncio, manipulação e mentira montado pelos proprietários dos meios de informação dominantes e alimentado pelas suas hierarquias de mercenários.

Vingança e intimidação

Em termos formais, o que está em causa no julgamento do fundador do website WikiLeaks em Londres é um pedido de extradição apresentado pela justiça norte-americana para que Assange venha a ser julgado nos Estados Unidos por uma panóplia de supostos crimes, os mais sonantes dos quais são a espionagem e a conspiração. A seriedade do processo é tal que a sentença do julgamento em território norte-americano é conhecida por antecipação: 175 anos de reclusão. Sem dúvida, um caso de viciação em que o resultado é divulgado antes de se iniciar o jogo.

«Tal como o silêncio do sistema mediático corporativo enxovalha o jornalismo, a criação e funcionamento do tribunal de Londres para julgar o pedido de extradição de Assange deixa de rastos o conceito de justiça»

Na prática, estamos perante a um assalto vingativo contra alguém que expôs os crimes e os métodos de propaganda suja praticados pelos Estados Unidos e muitos dos seus aliados – designadamente através das guerras sem fim – para gerirem a pretendida globalização imperial e neoliberal; e testemunhamos um assalto desapiedado contra a liberdade de informação através da intimidação dos jornalistas que levam a sério o seu ofício, doa a quem doer.

O julgamento do pedido de extradição apresentado pelos Estados Unidos é mais uma etapa de um caminho repleto de atrocidades processuais contra Assange, a começar por um caso de alegado assédio sexual praticado na Suécia e que foi – como está hoje provado – totalmente montado pela polícia sueca, certamente não apenas por iniciativa própria. Um percurso que prosseguiu com o penoso refúgio de anos na Embaixada do Equador em Londres, a traição do governo deste país chefiado pelo colaborador da CIA Lenin Moreno e o posterior internamento, em condições insalubres, na prisão de Belmarsh na capital britânica, por suposta falta a uma audiência de um tribunal. Uma prisão onde Julian Assange é submetido a «tortura psicológica», como denunciou o relator especial das Nações Unidas sobre a tortura, Nils Metzer – sem que isso tenha sido suficiente para soltar a verve do secretário-geral da organização sobre a gravidade do assunto.

Jornalismo e oportunismo

«Assange não é jornalista», alegam mercenários da propaganda dominante como pretexto para se eximirem à solidariedade corporativa que lhes assentaria muito bem em termos de hipocrisia mas os forçaria a abordar segundo perspectivas mais objectivas a mascarada de justiça que acontece em Londres.

Ser ou não ser jornalista levar-nos-ia muito longe, não sendo esta a questão de fundo do que está em causa.

«O que melhor traduz, porém, a hipocrisia e o oportunismo da comunicação corporativa em relação ao papel jornalístico de Julian Assange é [que] usaram, abusaram e lucraram das mensagens a que tiveram acesso sem qualquer esforço e depois, como agora é evidente, traíram vergonhosamente o mensageiro»

Julian Assange é fundador e director de WikiLeaks, um website jornalístico com matérias editadas, designadamente para omitir identificações que deixariam pessoas à mercê de eventuais consequências do seu envolvimento em casos reproduzidos pela publicação. Parte da acusação bastante fluida construída pelos Estados Unidos para o processo de extradição tem falsamente a ver com isso: a publicação de materiais resultantes de fugas de informação de organismos públicos prejudicaria funcionários inocentes. No tribunal, porém, os advogados de acusação não conseguiram ainda dar um único exemplo da utilização indevida por WikiLeaks de identificações de pessoas associadas aos documentos.

Julian Assange foi agraciado, entretanto, com prémios jornalísticos atribuídos por diversas entidades de múltiplas nacionalidades – o que o coloca inquestionavelmente na área de intervenção do jornalismo.

O que melhor traduz, porém, a hipocrisia e o oportunismo da comunicação corporativa em relação ao papel jornalístico de Julian Assange é o facto de os meios de informação dominantes ditos «de referência», sem excepção, terem reproduzido, com absoluta confiança, matérias divulgadas por WikiLeaks e que deixaram a galáxia de poder global bastante comprometida. Esses meios cumpriram parcialmente o seu dever recorrendo a WikiLeaks como fonte fidedigna. Isto é, usaram, abusaram e lucraram das mensagens a que tiveram acesso sem qualquer esforço e depois, como agora é evidente, traíram vergonhosamente o mensageiro.

Na prática, os New York Times ou Washington Post, os El País, Le Monde, Spiegel, BBC, Sky, Reuters, AFP, CBS, CNN e correlativos não tiveram qualquer pudor e reticência em recorrer ao WikiLeaks de Assange como acervo de fontes acima de quaisquer suspeitas mas agora silenciam uma estratégia de linchamento assumida pelas castas dominantes que pretende punir, tornar ilegítimas e silenciar essas riquíssimas fontes de jornalismo livre.

Paródia de justiça e baixa política

Tal como o silêncio do sistema mediático corporativo enxovalha o jornalismo, a criação e funcionamento do tribunal de Londres para julgar o pedido de extradição de Assange deixa de rastos o conceito de justiça.

«as figuras coroadas da chamada «civilização ocidental» preparam-se para enclausurar alguém que simboliza o jornalismo livre e, por isso, naturalmente incómodo. Pretendem isolá-lo numa pequena cela por um horizonte temporal de 175 anos e deitar a chave hora – afinal uma variante agravada e sádica da simples pena de morte»

O modo como se processa o «julgamento» é aberrante em termos de desequilíbrio entre acusação e defesa, o processo foi instruído por uma juíza, Emma Arbuthnot, carregada de incompatibilidades – por exemplo, o marido é membro de um grupo de pressão do governo dos Estados Unidos –, Julian Assange está forçado ao silêncio absoluto, segregado numa jaula de vidro blindado. Fica claramente explicado que, para o regime de tendência global, um bom jornalista livre é um jornalista enjaulado e calado. Além disso, os advogados de defesa não podem utilizar mensagens de Assange na sua argumentação, sob pena de serem, eles próprios, criminalizados. Acresce que a defesa não teve acesso ao teor das acusações, que vão variando com o andamento do «julgamento», e os juízes rejeitaram todos os pedidos de adiamento, impedindo que os advogados de Assange pudessem adaptar a sua estratégia ao aparecimento de dados novos.

Nada mais existe do que um arremedo de justiça como caminho para a sentença pré-estabelecida: a extradição do fundador de WikiLeaks para os Estados Unidos e para a morte lenta. Trata-se de tentar cobrir com um invólucro de «justiça» a vingança e a punição letal contra o homem que, sem cometer ilegalidades, recorrendo apenas à divulgação de informação qualificada que lhe foi cedida por fontes de dentro do sistema, desvendou os crimes e os métodos arbitrários e violentos usados pela elite dominante em nome do monopólio da «democracia» e dos «direitos humanos».

Entretanto chegou ao tribunal londrino a informação de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estaria disposto a «perdoar» a Assange caso este identificasse a fonte das informações obtidas no interior do Partido Democrata e que, por exemplo, deixaram a ex-secretária de Estado e ex-candidata presidencial, Hillary Clinton, atolada num muito comprometedor pântano de emails. Com esta manobra Trump quererá provar que a fonte pertence ao próprio Partido Democrata; e a Comissão Nacional deste partido continua a argumentar que as informações divulgadas por WikiLeaks foram fabricadas pelos serviços secretos russos. Uma trica doméstica em tempos eleitorais.

Ora o que tem isto a ver com justiça? Os acontecimentos vêm confirmar que o processo em torno de Assange não passa de política, uma política reles, perigosa e criminosa. Isto é, o presidente dos Estados Unidos pode passar por cima do tribunal de Londres, do processo instruído e outorgar «perdão» a um réu a ser julgado noutro país desde que este quebre uma norma básica do jornalismo que ainda o é: manter o anonimato das fontes. Se alguma coisa tem a ver com justiça neste processo, é apenas com uma arbitrária justiça imperial.

Entretanto, praticamente sem que o mundo se aperceba disso e com a cumplicidade daqueles que usurparam e desmantelaram o nobre ofício de jornalista, as figuras coroadas da chamada «civilização ocidental» preparam-se para enclausurar alguém que simboliza o jornalismo livre e, por isso, naturalmente incómodo. Pretendem isolá-lo numa pequena cela por um horizonte temporal de 175 anos e deitar a chave hora – afinal uma variante agravada e sádica da simples pena de morte.

Os jornalistas livres e independentes e os cidadãos em geral considerem-se avisados.

José Goulão, Exclusivo O Lado Oculto/AbrilAbril

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Assim, insistiu que, quando se reunir com o presidente dos EUA, na visita que deve fazer ao vizinho do norte em Julho, lhe vai pedir que preste atenção ao caso de Assange, tendo recordado que já fez o mesmo com Trump, uma vez que o chefe de Estado tem o poder de amnistiar.

«Tenho a noção de que [isto] vai contra grupos duros que há nos Estados Unidos, como em todos os países, mas deve prevalecer o humanismo», disse, citado pelo diário La Jornada.

Andrés Manuel López Obrador referiu-se a Assange como um dos melhores jornalistas da actualidade, que «partilhou e divulgou não apenas textos, mas também imagens de violações flagrantes dos direitos humanos por parte de tropas dos Estados Unidos».

«O seu crime entre aspas foi denunciar a ingerência da administração dos EUA nos assuntos internos de outros países», insistiu. Por isso, considerou Assange «um preso de consciência, injustamente tratado».

«Esperava que a Justiça no Reino Unido actuasse correctamente, que o protegesse, porque sabem o que o espera no país para o qual o vão extraditar; no entanto, aquilo que fizeram foi muito decepcionante», denunciou, citado pela Prensa Latina.

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«É preciso recordar que a WikiLeaks […] despiu perante a opinião pública duas organizações de extrema-direita com assento original no El Yunque do México e Espanha, e com ramificações em 50 países; trata-se de Hazte Oír e Citizen Go, organizações civis ligadas ao partido espanhol Vox», afirma.

Bernardo Barranco V. recorda que «o México aparece não apenas como país de origem, através de El Yunque, mas como um dos principais centros operacionais, de formação de quadros e de captação de recursos via importantes empresários».

«Aí se expõem segredos da organização e revelam deploráveis complôs políticos-religiosos. El Yunque/Vox está instalado em sectores do PAN [Partido Acción Nacional] e outros partidos, na hierarquia eclesiástica, mas sobretudo em associações civis como Yo Influyo, a Red Familia, bem como em meios e líderes de opinião», destaca.

Extrema-direita no México

«Chamou-se a atenção – diz – o discurso de Eduardo Verástegui [organizador do encontro] sobre a necessidade de constituir no país uma direita real e não a "direitazita cobarde" ou "timorata" que acabou por ser o PAN.»

«Face ao desgaste dos Serrano Limón, Ardavín, Arzac e irmãos Aranda [ultraconservadores mexicanos], Eduardo Verástegui emerge não apenas como um colaborador latino de Trump, mas como um delfim político da extrema-direita internacional», afirma o jornalista, perguntando: «Irá liderar a construção de um partido político no México?»

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Médicos cubanos vão trabalhar em 15 estados do México

Obrador agradeceu a Cuba e lembrou a falta de médicos no seu país, em virtude das políticas privatizadoras dos neoliberais, uns «farsantes» que agora se queixam da deterioração que eles mesmos provocaram.

Créditos / La Jornada

Os 500 médicos cubanos contratados pelo México vão trabalhar nos 15 estados que aderiram ao plano de saúde a cargo do Instituto Mexicano de Segurança Social (IMSS) e Bem-estar, revelou esta segunda-feira o secretário da Saúde do país azteca, Jorge Alcocer.

Depois de Nayarit, onde já se encontram 60 médicos da Ilha, outros grupos seguirão para Colima e Tlaxcala, acrescentou. Este primeiro grupo recebeu formação sobre regulamentos internos e também relativos às instituições que vão apoiar.

De acordo com o funcionário mexicano, existe a possibilidade de contratação de especialistas de outros países, tendo como objectivo alcançar o número necessário de médicos recomendados internacionalmente, informa o La Jornada.

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Trabalho da brigada médica cubana no México louvado

O presidente de Cuba reconheceu, esta terça-feira, o trabalho complexo que uma brigada médica do Contingente Henry Reeve levou a cabo no país azteca para combater a Covid-19.

Pessoal da saúde cubano regressa ao país depois de ter estado três meses no México
CréditosMiguel Guzmán / Prensa Latina

Miguel Díaz-Canel transmitiu por teleconferência as palavras de boas-vindas a este contingente internacional que regressou a Cuba depois de ter passado três meses no país centro-americano. O presidente cubano referiu ainda que o trabalho da brigada foi também reconhecido pelas secretarias da Saúde e da Defesa Nacional do México, informa o portal Cubadebate.

Em declarações à Prensa Latina, o chefe desta brigada, Rafael Luis Pino, disse que, graças à cooperação entre especialistas de ambos os países, conseguiram travar a alta incidência e mortalidade nos hospitais onde prestaram serviço.

«Havia muita escassez de pessoal e cada médico atendia um grande número de pacientes, uma situação que melhorou com a nossa chegada», apontou.

Pino destacou que os cubanos foram os primeiros médicos civis no Hospital da Secretaria da Marinha mexicana e, apesar disso e da disciplina férrea da instituição, trabalharam de forma conjunta e criaram amizade.

«Hoje, nessa instituição há menos casos positivos de SARS-CoV-2 e a mortalidade também disminuiu, o que em parte se deve ao trabalho dos profissionais da Ilha», acrescentou.

A equipa médica que Rafael Luis Pino liderou faz parte de uma brigada de profissionais da saúde que no dia 14 de Dezembro de 2020 foi para o México combater a Covid-19 e que prestou cuidados de saúde à população mexicana em várias unidades hospitalares.

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A brigada médica cubana em Moçambique foi reforçada

Composta por quase 300 membros, a brigada médica cubana viu reforçada a sua capacidade de acção em Moçambique, para contribuir para a contenção da Covid-19, explicou o médico Manuel Wong.

Médicos das brigadas de saúde de Cuba (imagem de arquivo)
Créditos / dialogosdosul.operamundi.uol.com.br

A correspondente da Prensa Latina em Angola ficou a par do acontecimento através de reportagens da imprensa moçambicana que destacaram a chegada recente a Maputo de mais de uma dezena de profissionais da Saúde provenientes do país caribenho.

Pelas redes sociais, conversou com o doutor Manuel Wong, chefe da brigada médica, com o intuito de conhecer melhor o trabalho levado a cabo pelos cubanos, cujas primeiras experiências no país austral tiveram lugar há mais de 40 anos.

Presente nas dez províncias moçambicanas, a brigada tem actualmente 281 especialistas em cuidados médicos directos aos pacientes, distribuídos por quatro hospitais centrais, seis provinciais e três distritais, explicou Wong.

Ao mesmo tempo, referiu, uma dezena de especialistas assumem diversas actividades académicas em duas universidades e um instituto politécnico de formação profissional, localizado na Noroeste da província de Tete.

No contexto de uma nova onda de Covid-19, «o contingente mantém o seu trabalho nas instalações hospitalares; isto inclui a atendimento aos infectados nas chamadas zonas vermelhas, bem como nos centros de isolamento», indicou.

«Salvaram-se inúmeras vidas, e a 24 de Janeiro último chegou um reforço de 14 médicos e enfermeiros, todos com preparação em cuidados intensivos, para enfrentar a pandemia», disse à Prensa Latina o especialista em Medicina Geral Integral e mestre em Promoção da Saúde.

O médico cubano diz que, entre desastres e pandemias, há pouco tempo para o descanso. Como exemplo, referiu que, em Março de 2019, tiveram de fazer frente ao ciclone Idai, classificado pelas Nações Unidas como um dos piores eventos meteorológicos na história do Hemisfério Sul, e, poucas semanas depois, passou a tempestade Kenneth.

Tendo em conta a situação provocada pelo Idai, chegou a Moçambique a 28.ª brigada médica Henry Reeve, cujo perfil clínico-cirúrgico e experiência internacional permitiram realizar cerca de 20 mil consultas médicas e mais de 300 operações em circunstâncias extremas, informou.


«Para os que continuam no país – relatou –, o trabalho de assistência também não é fácil, devido à Covid-19, e aos impactos da tempestade tropical Chalane, no final do ano passado, e do ciclone Eloise, em Janeiro deste ano.»

Neste contexto, doenças transmissíveis como paludismo, Sida e tuberculose têm uma elevada incidência; estas patologias, unidas às doenças crónicas não transmissíveis, fazem com que a esperança de vida seja apenas de 50 anos de idade, disse Manuel Wong.

Destacou que os obstetras, pediatras, anestesistas e intensivistas cubanos nas dez províncias moçambicanas estão a fazer um esforço importante para reduzir a morbidade e a mortalidade materno-infantil.

Docência e formação

Em termos de docência, precisou, os especialistas da Ilha leccionam os cursos de Medicina e Estomatologia em duas universidades, e são responsáveis pela formação de pós-graduação dos enfermeiros no instituto politécnico de Tete.

Mas a troca de conhecimentos não se limita às salas de aula, uma vez que partilham saberes durante as visitas aos pacientes, em conferências, seminários e trabalhos de investigação, explicou Manuel Wong, que destacou a «vocação humanista» da brigada e o elevado número de mulheres nela presentes (46%).

O médico disse ainda que, actualmente, há 37 estudantes moçambicanos a estudar Medicina recorrendo aos serviços médicos de Cuba, que também está a formar três especialistas em Imagiologia e três enfermeiros na área materno-infantil.

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Por seu lado, a enfermeira Yudith Games regressa a Cuba depois de concluir a sua segunda missão internacionalista de combate à Covid-19. «Recebemos formação e realizámos investigações aplicadas ao atendimento do paciente enfermo, o que implicou uma colaboração científica bem-sucedida entre os especialistas mexicanos e nós», disse.

A brigada, integrada por 95 elementos – entre médicos e enfermeiros –, atendeu 441 pacientes suspeitos de ter o vírus SARS-CoV-2 ou com casos confirmados, realizou 43 861 acções de enfermaria, 159 procedimentos invasivos e reabilitou 123 pacientes, segundo dados oficiais.

Além disso, realizou 1213 acções de formação sobre medidas de bio-segurança face à actual situação epidemiológica.

Contingente Henry Reeve, há um ano a lutar contra a Covid-19 em 40 países

Estes profissionais da saúde cubanos chegaram a casa exactamente um ano depois da partida da primeira brigada Henry Reeve destinada ao combate à Covid-19, cinco dias depois de ter sido declarada como pandemia pela Organização Mundial da Saúde.

Desde então, 56 grupos do contingente «levaram saúde e permitiram salvar milhares de vidas em 40 países e territórios», destacou ontem na sua conta de Twitter o ministro dos Negócios Estrangeiros de Cuba, Bruno Rodríguez.

O Contingente Internacional de Médicos Especializados em Situações de Desastre e Graves Epidemias «Henry Reeve» foi criado em 2005 por iniciativa do líder histórico da Revolução, Fidel Castro, em resposta aos danos provocados pelo furacão Katrina em Nova Orleães (EUA).

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Este ano, o número de vagas por preencher nos hospitais e centros de saúde no país americano chegou a 20 mil e, nesse sentido, as autoridades também estão a fazer estimativas sobre o tempo que requer a formação de recursos humanos na área da Saúde.

Por enquanto, no estado de Nayarit, onde a cobertura das necessidades de especialistas alcança os 66%, os 60 médicos cubanos recém-chegados serão distribuídos pelos 11 hospitais envolvidos no plano a cargo do IMSS.

Neste estado da costa do Pacífico, o governo realizou um investimento no valor de 54 milhões de pesos em infra-estruturas da Saúde, sendo que uma parte destes recursos foi destinada à reabilitação de 11 blocos operatórios de hospitais estatais, que estiveram sem funcionar entre um e 14 anos, informa a fonte.

Falta de investimento na Saúde deixou o país sem médicos

Na conferência de imprensa matinal diária, no Palácio Nacional, o presidente mexicano voltou a agradecer a Cuba «a vontade solidária, de apoio e colaboração, do governo e do povo», por enviarem profissionais de Saúde para o seu país e, assim, ajudarem a fazer frente à falta de médicos existente no México, sobretudo de especialistas.

Andrés Manuel López Obrador instou os seus adversários políticos – que se têm mostrado muito críticos em relação à contratação de médicos cubanos, com a imprensa ao seu dispor a falar de «luxos» – a acreditarem nele quando diz que «não temos médicos, não temos especialistas», porque, explicou, no período neoliberal não se investiu o necessário na Saúde e na Educação, pois o projecto era privatizar os sectores sociais para favorecer o capital e atacar os direitos das pessoas.

O chefe de Estado denunciou que, com a política de privatizações, os neoliberais deixaram o país sem médicos – «e agora temos de recorrer ao governo que os tem, que os formou e tem a possibilidade de garantir os profissionais que são precisos», referiu, citado pela Prensa Latina.

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O Brasil comprovou a solidariedade e a competência dos médicos cubanos

Dilma Rousseff, presidente destituída em 2016, afirmou à Prensa Latina que o seu país constatou a solidariedade, fraternidade e competência dos cubanos que integraram o programa «Mais Médicos».

Médicos cubanos integrantes no programa «Mais Médicos»
Créditos / Jornal O Sul

Roussef falou à agência cubana em Brasília, onde esteve reunida, nos últimos dias, a direcção nacional do Partido dos Trabalhadores (PT). O programa «Mais Médicos», instituído em 2013, durante a sua governação, e a participação de profissionais cubanos foram temas naturais de conversa, na sequência dos ataques proferidos pelo presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, aos médicos cubanos e depois de o Ministério da Saúde Pública da ilha caribenha ter anunciado a sua saída do programa, em meados do mês passado.

Para Rousseff, tratou-se do «programa de atendimento básico mais importante para o povo brasileiro nos últimos 20 anos». Algo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) também destaca.

Reconheceu que o seu país tem «uma enorme carência de médicos... e Cuba tem um sistema de saúde sólido e uma grande experiência de ensino assente na saúde pública, na prevenção de doenças e no tratamento de proximidade, junto às comunidades».

A criação do «Mais Médicos»

O «Mais Médicos» surgiu quando «descobrimos que neste país gigante havia 63 milhões de pessoas sem cuidados médicos», disse, explicando que, inicialmente, foi lançado um concurso para que os médicos brasileiros participassem, mas que poucos se apresentaram. «Foi então que decidimos completar [as vagas] e abrimos o concurso, de uma forma geral, a profissionais de várias nacionalidades».

No entanto, «não apareceram muitos e nós entendemos que um país respeitado internacionalmente não apenas nos cuidados de saúde básicos, mas capaz de enfrentar doenças surgidas nas guerras e em desastres naturais, era Cuba, que tem um sistema de saúde exemplar», afirmou a ex-presidente brasileira.

Tendo em conta o panorama existente no Brasil ao nível dos cuidados médicos, «recorremos a Cuba e assinámos um acordo através da OPS [Organização Pan-Americana da Saúde], ligada à OMS, e recebemos a solidariedade, fraternidade e competência dos médicos cubanos», sublinhou.

Os profissionais vieram da ilha caribenha para o Brasil «de forma extremamente generosa e, progressivamente, chegaram a ser 11 mil», no tempo em que Roussef ainda era presidente, antes do golpe de Estado de 2016, por via do chamado impeachment.

A diferença dos cubanos

A antiga chefe de Estado sublinhou que os médicos cubanos tiveram uma atitude importante, na medida em que trataram os brasileiros como pessoas, não como profissionais distantes, que apenas passavam receitas. Eles construíam o seu historial e diagnóstico, visitavam as casas, tinham uma relação próxima, a de quem ajuda de forma desinteressada. «Isso fez a diferença», lembrou a dirigente política.

E essa diferença foi tanta que, quando se realizaram inquéritos, «o povo brasileiro votou pelos médicos cubanos, que tiveram um nível de aprovação de quase 100%, superior a 94 ou 95%». Ao fazer as entrevistas, os responsáveis brasileiros aperceberam-se de que «todos queriam os cubanos», tanto os presidentes dos municípios como os pacientes, destacou.

Três observações a propósito

Sobre o programa «Mais Médicos», Dilma Rousseff explicou que, no que respeita às negociações entre a OPS, Cuba e o Brasil, a questão da remuneração dos médicos, como proposta por Cuba, ficou bem clara para todos. «Todas as partes aceitaram e entenderam perfeitamente porque existia uma garantia de retorno dos profissionais à sua pátria e condições de apoio às suas famílias», disse à Prensa Latina.

Esclareceu, para além disso, que o nível da medicina cubana é reconhecido internacionalmente, também pela OMS e a OPS. «Quando há um problema grave de saúde pública, é aos médicos cubanos, à medicina cubana que se recorre, pelo que os seus profissionais não tinham de ser avaliados novamente para integrar o "Mais Médicos"», frisou, apontando para a exigência feita por Bolsonaro.

Rousseff afirmou ser muito compreensível que Cuba tenha cessado a sua participação no programa. Actualmente, «existe um problema maior, decorrente das posições absolutamente radicais, ideológicas e de ofensa a um país que ajudou o Brasil», denunciou.

Sobre as afirmações, propaladas por Jair Bolsonaro e elementos da sua futura equipa governativa, de acordo com as quais «os médicos brasileiros vão ocupar as vagas deixadas abertas pelos cubanos», Rousseff disse que estão «a enganar o povo brasileiro» e anteviu a repetição do «fenómeno ocorrido quando do concurso aberto em 2013, em que alguns se apresentaram e, um ano e meio depois, se foram embora».

Com tudo isto, o Brasil «irá enfrentar um grande problema de saúde pública», que é da «responsabilidade de um governo que ainda não tomou posse», criticou.

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Referindo-se ao estado de Nayarit, onde já estão os primeiros cubanos, López Obrador, lembrou que os pobres, para irem a um hospital privado, têm de vender o pouco que têm, as suas parcelas.

«Estamos a falar de fazer valer o direito à saúde, de cuidados médicos e medicamentos gratuitos, de saúde para toda a população, para aqueles que não têm segurança social, e isso explica por que os contratamos e por que agradeço ao governo e ao povo irmão de Cuba por este apoio», disse.

Referindo-se aos ataques dos seus adversários, disse que o seu objectivo é «concluir a transformação do México» e que, quanto mais o atacam, mais livre se sente e mais avançará.

Alertou ainda a população para que não se deixe enganar por «esses farsantes» que querem continuar a aproveitar-se da escassez de médicos e da deterioração do sector público da Saúde que eles mesmos provocaram.

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Barranco V. afirma que na extrema-direita do México predomina o conservadorismo católico. «Procura instaurar uma ordem social cristã. É herdeira daquilo a que o sociólogo francês Emile Poulat chamou o catolicismo social intransigente, cujas raízes remontam à rejeição dos valores e sistemas sociais construídos pela modernidade que assentam na racionalidade e na noção de progresso e indivíduo», explica.

«Esta extrema-direita católica é depositária do radical pensamento cristero, raivosamente anticomunista, antiliberal, anti-maçónico e anti-judeu. Agora, a sua bandeira é também a ideologia de género», refere o jornalista.

Catolicismo revanchista, neoliberalismo baptizado e globalização abençoada

O articulista adverte que a estratégia de medo aplicada no Brasil de Jair Bolsonaro, designada como «pânico moral», possui a mesma matriz intransigente que conduziu à violência grupos da extrema-direita católica – que o jornalista Manuel Buendía caricaturou como a «Santa Mafia» – e que querem aplicar no México.

O texto publicado no La Jornada defende que «a direita católica, para lá das sociedades semi-secretas como El Yunque, Pro Vida e tantas outras inspiradas na guerra fria, pretende instaurar uma ordem social muito afastada da actual doutrina da Igreja e do papa Francisco, ou seja, tem um cariz teocrático».

«Há uma herança de um catolicismo revanchista, cujas raízes remontam à rejeição dos valores e sistemas sociais construídos pela modernidade na sua vertente secular», alerta, considerando que seria «um erro gravíssimo» desprezar esta corrente «que tem vindo a crescer de forma avassaladora» e que agora defende o «neoliberalismo baptizado» e «uma globalização abençoada como a etapa ideal».

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Em todo o caso, sublinharam que «a crítica feroz contra os manuais escolares gratuitos não surge do interesse educativo, mas do político, económico e eleitoral, o que não ajuda ao trabalho docente e em nada beneficia a escola ou a educação».

Todo o novo material «pode incluir erros e carências tanto de conteúdo como ortográficos, mas o fundo é outro», afirmaram.

Um dos especialistas, o professor-investigador Juan Manuel Rendón, disse a este propósito que é necessário «distinguir dois campos muito definidos: o político, económico e eleitoral, e o pedagógico e ideológico».

«Não se pode obviar o facto de que existem interesses muito poderosos por trás destes ataques, que no fundo procuram minar a educação pública», sublinhou.

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