|Hotelaria e turismo

Trabalhadores do Hotel Portobay Falésia anunciam greve aos feriados

Porque continua a não haver negociação, os funcionários da unidade hoteleira em Albufeira decidiram avançar para a greve a todos os feriados até ao fim do ano, incluindo o de 1 de Janeiro de 2024.

 Sindicato considera que «a elevação salarial no sector do turismo é uma emergência nacional».
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A decisão, tomada em plenário, foi divulgada em comunicado de imprensa pelo Sindicato da Hotelaria do Algarve (CGTP-IN), no qual se acusa a administração de continuar «a recusar os pedidos de reunião para negociar as propostas apresentadas».

O objectivo, indica a estrutura sindical, é «melhorar os salários, repor o pagamento do trabalho prestado em dia feriado com o acréscimo de 200% como acontecia até 2019, regular e reduzir os horários de trabalho e diminuir o número de vínculos contratuais precários».

No documento, o sindicato destaca ainda o facto de o último pedido de reunião, realizado este mês, ter sido acompanhado da entrega de um abaixo-assinado com mais de 80 assinaturas a exigir à administração que se reunisse com a Comissão Negociadora Sindical (CNS) para discutir as propostas apresentadas nos últimos anos.

A abertura da administração do Hotel PortoBay Falésia a «um processo negocial sério e justo» com a CNS é precisamente uma das reivindicações principais dos trabalhadores, com a actual acção de luta.

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Hotel PortoBay Falésia substitui trabalhadores em greve

Os trabalhadores decidiram fazer esta greve para exigir à administração a integração nos quadros de efectivos da empresa e a actualização dos salários, de forma a repor parte do poder de compra perdido.

Créditos / Sindicato de Hotelaria do Algarve

Os trabalhadores do Hotel PortoBay Falésia, em Albufeira (Algarve), estão hoje em greve e concentraram-se, esta manhã, junto às instalações para demonstrar o seu descontentamento.

A greve tem por objectivo exigir à administração a integração nos quadros de efectivos da empresa, a actualização dos salários de forma a repor parte do poder de compra perdido nos últimos dez anos e o respeito pelos direitos consagrados na contratação colectiva aplicável por força das portarias de extensão, que a administração não está a cumprir.

Em declarações ao AbrilAbril, Tiago Jacinto, dirigente do Sindicato da Hotelaria do Algarve (CGTP-IN), afirmou que é a primeira vez que estes trabalhadores dinamizam uma luta deste tipo. Apesar do grande descontentamento, o ambiente na concentração era de ânimo e convicção na justeza das reivindicações.

«Como nos primeiros turnos a adesão foi de praticamente 100%, nomeadamente na cozinha e nos pequenos-almoços, a empresa substituiu os trabalhadores para assegurar o serviço», referiu o dirigente sindical.

Depois de chamar a GNR para fazer o auto da ocorrência, o sindicato apresentou uma denúncia à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) relativa a esta prática ilegal. Os trabalhadores decidiram pedir uma nova reunião à administração e marcar um plenário para, posteriormente, analisar o ponto de situação.

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Outras são a negociação da proposta sindical de aumento salarial de 10%, com um mínimo de 100 euros e com efeitos a 1 de Janeiro de 2023; a reposição do pagamento do trabalho prestado em dia feriado com o acréscimo de 200%; a redução do horário para as 35 horas semanais, sem perda de remuneração; a defesa dos direitos e melhoria das condições de trabalho e de vida.

O Sindicato da Hotelaria do Algarve manifesta total solidariedade com luta dos trabalhadores pela melhoria das suas condições de vida e de trabalho, considerando que se trata de uma «questão fundamental também para garantir um serviço de qualidade aos turistas e para a imagem do turismo algarvio».

«Perante a situação amplamente divulgada pelos patrões sobre a falta de profissionais no sector, é incompreensível esta posição patronal de continuar a recusar as soluções necessárias para fixar os trabalhadores», afirma a estrutura sindical.

A elevação e intensificação da luta a partir dos locais de trabalho será a única alternativa, alerta, caso o patronato continue «a recusar a melhoria do poder de compra dos trabalhadores», de modo que estes possam suportar «o brutal aumento do custo de vida» que se verifica, e possam conciliar a vida profissional com a vida pessoal e familiar.

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