Pode chegar a oito anos, ou seja, até 2032, a concessão a privados da gestão e exploração do Centro Cultural da Malaposta, em Olival Basto. Para a CDU, que votou contra a proposta do Executivo, perdeu-se a oportunidade de reverter a concessão.
A coligação PCP-PEV salienta num comunicado que a autarquia «escolhe, mais uma vez, o caminho da desresponsabilização da promoção de política cultural pública», em que a Malaposta pode ter «um papel fundamental», ao entregar o equipamento a um programador privado, cujo interesse assenta «no rendimento da bilheteira». Admite, por outro lado, que, ao prosseguir com a concessão, a Câmara Municipal de Odivelas «priva o concelho de um espaço público que se poderia constituir como um importante impulsionador e garante da prática e fruição culturais».
Crítica do que diz ser a política do «entreguismo», a CDU insiste que ser autarca «é ser gestor da coisa pública e não vendedor, emprestador ou agente intermediário» de equipamentos públicos, salientando que «é uma prioridade» reverter a concessão da Malaposta.
«Para nós a defesa deste equipamento é uma prioridade, assim como o nosso firme propósito de reverter o processo de concessão, e tal advém do compromisso que assumimos para com os odivelenses de defesa do espaço e interesse público, de respeito pelos públicos de teatro, sociedade civil, defesa de uma cultura que não seja a do lucro ou do retorno imediato, dependente das bilheteiras, do mero entretenimento, do show off, da festarola, do vedetismo televisivo», lê-se na nota.
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