A situação do Global Media Group é já conhecida, mas parece que de dia para dia há desenvolvimentos que não são necessariamente positivos. Soube-se ontem que a administração da empresa cortou na segurança 24 horas nas sedes dos jornais e que não iria pagar as suas dívidas aos trabalhadores. Já hoje soube-se que a ACT irá avançar com multas que podem chegar, cada uma por cada jornal, aos 6000 euros.
Hoje soube-se também da intenção de Marco Galinha e restantes accionistas do grupo empresarial de estarem disponíveis para «retomar controlo da empresa». O anúncio em comunicado assinado por Marco Galinha, Kevin Ho, José Pedro Soeiro e Mendes Ferreira que sacodem a água do capote e culpabilizam o World Opportunity Fund pelo que está a acontecer.
Neste leque de personalidades, José Pedro Soeiro reúne 20% do capital da empresa e Kevin Ho detém 29%, o que significa que, enquanto sócios minoritários, poderiam ser envolvidos na situação e assim distanciam-se.
Importa relembrar que em 2020, já com a presença de Marco Galinha, a GMG, depois de ter beneficiado do regime de lay-off, anunciou o despedimento de 81 trabalhadores, 17 dos quais jornalistas, como uma opção «inadiável». Ou seja, a situação assumia já contornos semelhantes aos que hoje se verificam.
Foi também Marco Galinha que colocou o Fundo abutre dentro da Global Media e da Lusa ao vender as suas participações. Relativamente à Lusa alienou os 45,71% do capital da – 23,36% através da GMG e 22,35% via empresa Páginas Civilizadas, então pertencente ao Grupo Bel por si detido, mas que em Outubro passou a ser controlada (51%) peloWorld Opportunity Fund.
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