Numa tomada de posição, a CGTP-IN manifestou o seu total repúdio pelos comportamentos e atitudes racistas e xenófobas que estão por detrás da convocação de uma manifestação para a zona do Martim Moniz de âmbito racista e xenófoba,
Para a central sindical de classe, a acção da extrema-direita atenta contra os direitos e as liberdades de todos os imigrantes que vivem e trabalham em Portugal e, como tal, a mesma diz não poder aceitar que grupos organizados dessa índole afrontem e violem os princípios fundamentais do Estado de direito democrático consagrados na nossa Constituição.
Para além do repúdio de tais comportamentos, a CGTP-IN «manifesta também a sua preocupação pelo perigo que esta acção, que corporizaria um claro incitamento ao ódio e à violência, poderia representar, tanto mais que a sua realização ocorrerá num local onde cerca de 80% da população que ali vive e trabalha é imigrante».
No ano em que se assinalam os 50 anos da Revolução, a central sindical de classe diz encarar com grande preocupação a normalização de ideias e comportamentos de cariz racista e xenófobo que colocam em causa a liberdade conquistada há 50 anos.
A mesma, na tomada de posição emitida, diz que a Constituição se fundamenta no princípio da dignidade humana e consagra o princípio da igualdade como um dos seus princípios fundamentais, tudo devendo ser interpretado e integrado de acordo com os princípios que emanam da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
«Apelamos para que, através da sensibilização dos trabalhadores e da população em geral, se desconstruam estereótipos e preconceitos acerca dos imigrantes, e se construa a unidade de todos os trabalhadores, independentemente da sua origem, em defesa dos seus interesses e direitos, rejeitando todas as expressões de racismo e xenofobia», termina a nota da CGTP-IN.
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