Foi com 166 votos a favor, 145 votos contra e seis abstenções que o PCP conseguiu ver aprovado no Parlamento Europeu, no início da Sessão Plenária, o agendamento de um debate sobre a situação de Julian Assange e a sua possível extradição.
Importa recordar que decorreu nos passados dias 20 e 21 de Fevereiro, a audição do Tribunal Superior de Londres sobre o caso de Julian Assange, sendo que a decisão final sobre o pedido de extradição foi adiada para meados de Março.
De qualquer das formas, a tentativa de extradição vigora, assim como a criminalização e prisão de Julian Assange, algo que representa uma inaceitável pressão, designadamente sobre os jornalistas, visando condicionar a publicação de informação de interesse público.
Julian Assange é um activista e jornalista australiano que fundou o site WikiLeaks que divulga documentos, fotos e informações de diversos governos e empresas. Assange ganhou notoriedade em 2007 após o seu site ter denunciado um ataque de um helicóptero americano que matou pelo menos 12 pessoas, entre os quais dois jornalistas da agência Reuters, durante a ocupação do Iraque.
A par disto, o Wikileaks tornou ainda público uma cópia de um manual de instruções para tratamento de prisioneiros na prisão de Guantánamo que indicava a prática de tortura e volação de direitos humanos.
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