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Se o patronato mina a negociação, trabalhadores das minas partem para greve

Os trabalhadores da Sociedade Mineira de Neves-Corvo (Somincor), em Castro Verde, vão realizar uma greve de dois dias após o patronato ter ignorado o caderno reivindicativo.

Entre as zero horas de dia 26 e as 8 horas de dia 28, os trabalhadores da Sociedade Mineira de Neves-Corvo, em Castro Verde, vão fazer greve, por aumentos salariais e resposta positiva à sua proposta reivindicativa.

A decisão dos trabalhadores foi tomada em quatro sessões de plenário, nos dias 3 e 4 de Março, após a administração da empresa ter ignorado o Caderno Reivindicativo apresentado pelos trabalhadores.

Os trabalhadores exigem um aumento salarial de 150 euros para compensar o aumento do custo de vida, assim como melhoria das carreiras profissionais e promoções automáticas, medidas efectivas para garantir a segurança, saúde e bem-estar e a negociação de todos os pontos do Caderno Reivindicativo.

Os trabalhadores criticam a administração da Somincor por limitar os aumentos salariais à actualização anual e por se recusar a negociar com o sindicato, algo que demonstra bem a falta de respeito que o patronato tem por quem coloca a sua vida em jogo. Os trabalhadores afirmam que esta atitude é inaceitável e demonstra falta de respeito pelos seus direitos.

O pré-aviso de greve é lançado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira. Prevê-se uma forte participação dos trabalhadores e uma greve com impactos, já que a Somincor é a maior produtora de zinco da Europa.

Parece que para os trabalhadores nunca há dinheiro, mas importa relembrar que em 2022 a empresa teve um projecto de expansão de 363 milhões de euros, o que permitiu duplicar a sua produção. 

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