Na Praça Maior de São Francisco, no centro de La Paz, pessoas que se formaram na Escola Latino-americana de Medicina (ELAM), em Havana, membros do Movimento Guevarista da Bolívia/ELN, representantes do Partido Comunista da Bolívia e da sua organização juvenil, e activistas ligados ao Movimento Boliviano de Solidariedade com Cuba – La Paz juntaram-se para dar corpo à mobilização do último domingo do mês.
«Sem esse bloqueio criminoso e genocida, Cuba seria hoje uma potência na promoção de um mundo melhor pela sua política humanista e solidária», afirmou a médica Hady Alarcón, que se formou na ilha caribenha.
Por seu lado, Roxana Vaca falou em nome dos filhos dos mártires da guerrilha do comandante Ernesto Che Guevara na Bolívia, tendo manifestado o seu reconhecimento a um povo que ao longo de mais de seis décadas resistiu de forma exemplar à agressividade da administração norte-americana.
Com a adopção de um plano de acção e de uma declaração final pelos 245 delegados oriundos de 28 países, terminou, esta quarta-feira, o VII Encontro Continental Africano de Solidariedade com Cuba. A proposta de acções para reforçar a colaboração com Cuba abrange as áreas da Educação, Saúde, Ciência e Tecnologia, Solidariedade Pan-africana e Cooperação Económica. Ainda iniciativas relativas à Solidariedade Povo a Povo e às relações Governo a Governo e Diplomáticas, Cultura, Mulher e Juventude, informa a agência Prensa Latina, que dá conta do apelo feito pelos delegados no sentido de se reforçar a luta por uma ordem mundial pacífica e justa. Os participantes, que condenaram o bloqueio norte-americano a Cuba e os seus impactos extraterritoriais, bem como a ocupação estrangeira da Baía de Guantánamo, aprovaram ainda, entre outras medidas programáticas, a intensificação dos protestos pacíficos, visando as embaixadas norte-americanas. Na agenda desses protestos políticos incluir-se-á igualmente a denúncia das tentativas de desestabilização que os EUA promovem contra Cuba, assim como a exigência da retirada da Ilha da lista unilateral criada por Washington de alegados patrocinadores do terrorismo. Delegações de mais de 20 países participam no encontro que decorre até quarta-feira em Mbombela, com o intuito primordial de dinamizar a solidariedade africana com Cuba, no contexto do bloqueio. O VII Encontro Continental Africano de Solidariedade com Cuba começa hoje e prolonga-se até dia 17 em Mbombela (antiga Nelspruit), capital da província oriental Mpumalanga, na África do Sul. Organizado pelo Congresso Nacional Africano (ANC), o Partido Comunista Sul-Africano (SACP), o Congresso dos Sindicatos Sul-Africanos (Cosatu) e a Organização Cívica Nacional Sul-Africana (Sanco), o encontro visa reforçar a unidade entre os movimentos solidários com a Ilha em todo o continente e deixar claro, mais uma vez, que Cuba não está sozinha, num contexto de recrudescimento do bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos. Participam no evento diversas gerações, incluindo dirigentes juvenis e personalidades históricas, refere a agência Prensa Latina, acrescentando que, de acordo com o programa, farão uso da palavra altos dirigentes políticos e governamentais da África do Sul, numa edição que também celebra os 112 anos de existência do ANC. Outros momentos de destaque serão as homenagens aos heróis nacionais de Cuba, José Martí, e de Angola, Agostinho Neto, bem como ao líder histórico da revolução cubana, Fidel Castro. Numa edição que tem como lema «O Compromisso de África com a Revolução Cubana», haverá várias comissões de trabalho devotadas ao debate sobre a história da revolução cubana e o seu contributo para a luta internacional em prol de uma ordem mundial mais justa e equitativa, refere a fonte, informando que, até quarta-feira, deverão ser ainda definidas estratégias conjuntas e acções de solidariedade com a Ilha. Além de partidos, movimentos e associações da região, está confirmada a presença de delegações de países de outras regiões do mundo. A de Cuba é liderada por Fernando González Llort, Herói da República e presidente do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP). O primeiro encontro deste género também decorreu na África do Sul, em 1995, contando com a participação de 12 países e tendo sido co-presidido pelo então presidente da África do Sul, Nelson Mandela, por Sergio Corrieri, presidente do ICAP na altura, e pelo padre Michael Lapsley, presidente da Sociedade dos Amigos de Cuba (Focus). Seguiram-se, com mais participantes, os encontros no Gana (1997), em Angola (2010), Etiópia (2012), Namíbia (2017) e Nigéria (2019). Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Na declaração final do encontro, que decorreu de segunda a quarta-feira em White River, nas imediações de Mbombela (capital da província sul-africana de Mpumalanga), os presentes apelaram à colaboração com os países do BRICS na busca de sistemas monetários e de pagamentos internacionais alternativos, incluindo os interbancários com Cuba, indica a agência. Além disso, pronunciaram-se a favor da construção de Redes da Verdade Regionais e Continentais Africanas para combater «a propaganda imperialista liderada pelos Estados Unidos e o conteúdo mediático malicioso contra Cuba». No decorrer da jornada final do encontro, vários sul-africanos com uma longa trajectória de amizade, solidariedade e lealdade com Cuba foram distinguidos. Um deles, a título póstumo, foi Christopher Matlhako, a quem Fernando González, Herói da República de Cuba e presidente do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP), atribuiu a Ordem da Solidariedade, depois de esta ter sido conferida por decreto ao comunista sul-africano e secretário-geral da Sociedade dos Amigos de Cuba (Focus), por Díaz-Canel. Fernando González entregou ainda a Medalha da Solidariedade à Focus, nomeadamente pelo seu importante contributo para a realização de eventos regionais de solidariedade com Cuba. Receberam-na, em nome da associação solidária, o padre Michael Lapsley, destacado lutador anti-apartheid e presidente honorário da Focus, Hope Papo e Moeketsi Sekhokoane. No encerramento do evento, o embaixador de Cuba na África do Sul, Enrique Orta, recordou as ligações históricas entre África e a Ilha, laços que, afirmou, vão continuar a ser fortes durante muitas gerações. Estes três dias do encontro, destacou, foram testemunhas da prevalência do espírito solidário, centrado não apenas entre Cuba e o continente africano, mas também em todas as causas justas e progressistas do mundo. O evento mostrou que trabalhar juntos é a única forma de articular os nossos esforços e de levar a efeito acções concretas de solidariedade, acrescentou o diplomata, lembrando que milhares de colaboradores cubanos serviram em África e que milhares de jovens africanos se formaram em Cuba. No VII Encontro Continental Africano de Solidariedade com Cuba estiveram, segundo os organizadores, 245 delegados provenientes de 28 países, incluindo membros de partidos políticos e associações de solidariedade da República Árabe Saarauí Democrática, África do Sul, Zimbabwe, Namíbia, China, Rússia, Estados Unidos, Canadá, Irão, Moçambique, Botswana, Angola, entre outros. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Encontro na África do Sul vincou solidariedade continental com Cuba
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África do Sul acolhe encontro continental de solidariedade com Cuba
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Amigos de Cuba homenageados
Prevalência da solidariedade entre Cuba e África
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«Erguemos a voz contra a política genocida de Washington; viemos defender o modelo de vida assente no amor, em nome do qual exigimos que se apague o nome de Cuba da lista espúria e unilateral, fabricada pelos Estados Unidos, de países patrocinadores do terrorismo», disse a activista, citada pela Prensa Latina.
Roxana Vaca pediu ainda o fim da política norte-americana de imposição de bloqueios, de patrocínio de genocídios, como o que Israel está a cometer na Palestina, e de financiamento das milionárias campanhas de mentiras divulgadas a cada minuto pelas grandes cadeias mediáticas, indica a fonte.
O médico Omar Zambrana, que se formou em Cuba, falou das suas vivências nos hospitais cubanos durante o tempo em que residiu na Ilha, onde pôde «sentir a emoção de salvar vidas com um serviço gratuito para todos».
Ali viu também como, devido à barreira imposta pelo bloqueio, se torna impossível adquirir fármacos, materiais e peças de substituição para equipamentos como os tomógrafos, cuja utilização beneficia todos os cidadãos sem diferenciações de ordem política, racial, de género ou geracional.
«Por isso estamos aqui, a apoiar um país que com dignidade exemplar luta e resiste em prol de um mundo melhor, face ao império mais poderoso do mundo», disse Zambrana.
Entre as dezenas de participantes na mobilização, encontrava-se a também médica Nila Heredia, ex-ministra da Saúde e ex-presidente da Comissão da Verdade da Bolívia.
Dirigente do Movimento Guevarista da Bolívia/ELN, Heredia afirmou que aqueles que bloqueiam Cuba e enviam milhões de dólares para difamar a sua Revolução são os mesmos que promovem um genocídio na Palestina.
Cuba agradece mobilizações solidárias pelo mundo fora
A Ilha voltou a alcançar uma vitória na luta que mantém contra o bloqueio norte-americano, obtendo o apoio esmagador (185 votos) à resolução que apresentou na Assembleia Geral da ONU. Estados Unidos e Israel – o fiel aliado – foram os únicos países que votaram contra o texto sobre a necessidade de pôr fim ao cerco a Cuba, apresentado, pela 30.ª vez, no 77.º período de sessões na Assembleia Geral das Nações Unidas. Brasil e Ucrânia abstiveram-se. A votação desta quinta-feira foi antecedida pelos discursos de representantes de múltiplos países e organizações regionais, que, desde o dia anterior, vincaram a importância de acabar com a política do cerco económico, comercial e financeiro, que sobreviveu a 11 administrações da Casa Branca e é classificada como o principal obstáculo ao desenvolvimento do país caribenho. Ao intervir, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Cuba, Bruno Rodríguez, sublinhou que o bloqueio procura infligir o máximo dano possível às famílias cubanas, que se trata de uma medida «cruel e desumana», e que constitui um acto de guerra económica para destruir a capacidade do país de dar resposta às necessidades da população. «Deixem Cuba em paz. Cada família cubana estaria melhor sem bloqueio. Os Estados Unidos seriam um país melhor sem o bloqueio. O mundo seria melhor sem o bloqueio», frisou, citado pela Prensa Latina. Lembrando que, desde 2019, a Casa Branca levou o cerco à Ilha para uma nova dimensão, «mais cruel», o diplomata destacou que, nos primeiros 14 meses da administração de Joseph Biden, os danos ascenderam a 6,3 mil milhões de dólares, o que equivale a mais de 15 milhões de dólares por dia. Neste sentido, referiu que o bloqueio «cria as condições que alimentam as migrações irregulares, desordenadas e inseguras, a dolorosa separação das famílias, e contribui para o crime do tráfico de seres humanos». A exigência do fim do bloqueio económico, financeiro e comercial imposto à Ilha há mais de 60 anos pelos EUA fez-se ouvir em várias cidades norte-americanas e também noutros pontos do mundo. Em Miami, realizou-se uma caravana organizada pelo movimento Puentes de Amor, para reafirmar no estado da Florida a exigência do fim do cerco a Cuba, com a participação de cubanos ali residentes e de outras pessoas solidárias que vivem na cidade. No estado do Maine, ocorreu uma iniciativa semelhante, também para reclamar uma mudança de atitude por parte da administração do presidente Joe Biden e para apoiar a Ilha na sua autodeterminação, informa a Prensa Latina. Igualmente em território norte-americano, realizaram-se mobilizações contra o bloqueio unilateral que afecta as famílias cubanas em Portland (Oregon), Minneapolis e Duluth (Minnesota), e Phoenix (Arizona). Há poucos dias, teve lugar em Hartford, capital do estado de Connecticut, uma manifestação para exigir o fim do bloqueio a Cuba, organizada pelos movimentos Nemo (NoEmbargoCuba), Greater Hartford Peace Council e Connecticut Peace and Solidarity Coalition. Já em Nova Iorque, realizou-se no sábado uma marcha como prelúdio à votação da resolução na Assembleia Geral da ONU, nos dias 2 e 3 de Novembro, sobre a necessidade de acabar com o bloqueio por parte de Washington. Esta marcha integrou-se numa agenda de mais de 30 actividades para exigir a Washington a eliminação do bloqueio, que são protagonizadas por uma coligação que reúne cerca de uma centena de organizações solidárias, unidas sob o lema «UN Vote 4 Cuba». O bloqueio imposto pelos EUA a Cuba mostra uma agressividade sem precedentes, denunciou o diplomata Bruno Rodríguez, que acusou Biden de seguir a política de máxima pressão do seu antecessor. Ao apresentar, esta quarta-feira, um novo relatório sobre o impacto do cerco unilateral, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Cuba, Bruno Rodríguez, afirmou que, entre Agosto de 2021 e Fevereiro de 2022, o bloqueio provocou perdas superiores a 3,8 mil milhões de dólares, verba que, aponta a Prensa Latina, o diplomata classificou como «histórica» para um período de apenas sete meses. Em conferência de imprensa, o chefe da diplomacia cubana lembrou que a política unilateral referida ganhou um nível sem precedentes com o governo do ex-presidente Donald Trump (2017-2021). Em simultâneo, destacou que o bloqueio imposto à Ilha apresenta uma dimensão maior, mais perversa e daninha, com uma qualidade agressiva que não tinha tido antes, indica a agência cubana. Só nos primeiros 14 meses da administração de Joe Biden, os prejuízos causados pelo bloqueio atingiram mais de 6,3 mil milhões de dólares, o que representa um dano superior a 454 milhões de dólares por mês e mais de 15 milhões de dólares por dia. Realiza-se esta segunda-feira, às 18h, junto à Embaixada de Cuba em Portugal, um acto público de solidariedade com o país caribenho e o seu povo, para reafirmar a exigência do fim do bloqueio. Sob o lema «Fim ao bloqueio dos EUA! Cuba vencerá!», a iniciativa tem lugar na Rua Pero da Covilhã, em Lisboa, e visa também reclamar às autoridades portuguesas «uma acção determinada» em prol da soberania e do direito do povo cubano ao desenvolvimento. Deste modo, as organizações promotoras e todos aqueles que se associarem ao evento irão demonstrar mais uma vez que «Cuba e o seu povo não estão sós» – destaca o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) na nota de divulgação do acto solidário. «O bloqueio económico, comercial e financeiro imposto a Cuba pelos Estados Unidos da América é criminoso, ilegal e ilegítimo», sublinha o texto, lembrando que o cerco, imposto há mais de 60 anos e por diversas vezes agravado, «procura atingir directamente as condições de vida do povo cubano e direitos tão fundamentais como a saúde, a alimentação ou o desenvolvimento». Só entre Abril e Dezembro do ano passado – precisa a nota publicada na página de Facebook do CPPC –, o bloqueio provocou prejuízos superiores a 3,5 mil milhões de dólares à economia cubana, tendo ainda, no contexto da pandemia, dificultado o acesso do povo cubano a medicamentos e equipamentos médicos. António Filipe, um dos vice-presidentes da Assembleia da República, condenou o bloqueio económico, comercial e financeiro dos EUA contra Cuba, que tem sido intensificado apesar da Covid-19. Numa entrevista concedida ao jornalista Frank González, da Prensa Latina, António Filipe disse que, num momento em que «todos deviam estar unidos no combate à pandemia», Washington intensificou as medidas coercivas unilaterais contra a Ilha e «prejudicou muito gravemente o esforço comum que é preciso realizar sobre este assunto». O jurista e professor universitário de 58 anos, deputado eleito pelo Partido Comunista Português (PCP) desde 1989, enalteceu a ajuda internacional prestada pelo país caribenho durante a emergência sanitária, algo que, disse, não só mostrou ao mundo a medicina cubana, mas também o trabalho solidário de Cuba para com muitos países. «Ao nível dos profissionais da saúde, vimos que há situações de calamidade em países que necessitam de apoio médico e Cuba está na primeira linha, não apenas em países subdesenvolvidos, mas também em países europeus, como é o caso de Itália», referiu. «O esforço de Cuba para combater a pandemia de Covid-19 com o desenvolvimento de vacinas próprias deve ser valorizado e não ser condenado ao ostracismo», disse António Filipe ao referir-se ao recrudescimento do acosso ao país antilhano por parte dos últimos governos norte-americanos. «O esforço de Cuba para combater a pandemia de Covid-19 com o desenvolvimento de vacinas próprias deve ser valorizado e não ser condenado ao ostracismo» Na conversa que manteve com a agência cubana na Assembleia da República, o deputado, que preside ao Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Cuba, afirmou que a agressividade do imperialismo com todos os países não alinhados com o seu domínio é imensa, e reclamou da União Europeia (UE) uma maior desvinculação relativamente à política dos Estados Unidos. Recordou que os países-membros da UE votam contra o bloqueio na Assembleia Geral das Nações Unidas e que empresas europeias mantêm relações económicas e comerciais com Cuba. No entanto, insistiu, a UE deve ter uma maior autonomia política relativamente aos interesses norte-americanos na América Latina, o que favoreceria «um melhor desenvolvimento das relações de amizade e cooperação» com essa região. No que respeita aos laços entre Portugal e Cuba, disse que o país europeu manteve uma política de abertura e cooperação em relação à Ilha, à margem de divergências políticas, e destacou como «um passo importante» a visita realizada a Havana pelo Presidente da República em 2017. «É sempre um grande prazer poder falar para Cuba e dizer-lhe que não está sozinha aqui, em Portugal» Sublinhou, além disso, o bom estado das relações entre os parlamentos dos dois países, o que reflecte a relação de amizade existente entre os diferentes partidos políticos portugueses e Cuba, não apenas do PCP, apesar da diversidade de opiniões sobre o país caribenho e a sua vida política. António Filipe enviou «um forte abraço de solidariedade e amizade para Cuba», que, no meio de «um cruel bloqueio», continua a ser uma grande referência para os progressistas de todo o planeta, que aspiram a um mundo mais justo e fraterno. «É sempre um grande prazer poder falar para Cuba e dizer-lhe que não está sozinha aqui, em Portugal, onde tem amigos que farão todo o possível para continuar a lutar contra o bloqueio imposto pelos Estados Unidos», frisou. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. O bloqueio, denunciam as organizações promotoras, é um instrumento que os EUA utilizam na sua política de imposição de uma "mudança de regime" em Cuba». Essa política, «ilegal à luz do direito internacional», passa igualmente pela sistemática ingerência e campanha de desinformação, por tentativas de desestabilização, de impedir a acção das brigadas médicas internacionais cubanas ou de limitar a solidariedade internacional a Cuba, explica a nota. «O bloqueio é uma forma particularmente cruel de agressão a que urge pôr cobro», defendem os promotores da iniciativa solidária que amanhã se realiza em Lisboa. Nesse sentido, lembram que essa «justa exigência» tem vindo a ser afirmada há três décadas pela grande maioria dos países em sucessivas votações na Assembleia Geral das Nações Unidas. Na mais recente, este ano, 184 países votaram a favor do levantamento do bloqueio, EUA e Israel votaram contra e apenas três países se abstiveram. «Cuba, sempre solidária, necessita da nossa solidariedade», afirmam os promotores, que, por isso, clamam: «Não faltaremos!» Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Ainda assim, Rodríguez considerou que os anúncios da Casa Branca sobre Cuba realizados em Maio último são «positivos» e vão na «direcção correcta», mas com um carácter «muito limitado» e que «não altera o alcance e a profundidade dessa política». «A existência do bloqueio é uma realidade inocultável, ninguém poderia seriamente afirmar que não existe ou é um mero pretexto, é tangível e atinge e prejudica cada família do país caribenho, cubanos que vivem nos Estados Unidos, cidadãos norte-americanos e empresas de todo o mundo», disse o ministro cubano na apresentação do relatório. Rodríguez destacou que os poucos fornecedores que decidiram manter o abastecimento de produtos à Ilha aumentaram os preços e, ao mesmo tempo, os EUA aplicam medidas de intimidação e perseguição às empresas de abastecimento de combustível. Apesar das adversidades, as transformações no país caribenho não pararam, disse o diplomata, que deu como exemplo a expansão e o registo de milhares de novas e pequenas empresas, tanto estatais como privadas. A Assembleia Geral da ONU voltou a aprovar, de forma esmagadora, a resolução que pede o fim do bloqueio a Cuba. A diplomacia cubana sublinhou o «indiscutível isolamento dos Estados Unidos». A resolução «Necessidade de pôr fim ao bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América a Cuba» foi aprovada, esta quinta-feira, com 187 votos a favor e as abstenções da Colômbia e da Ucrânia. Apenas se opuseram ao levantamento do bloqueio os Estados Unidos, Israel e o Brasil. A Moldávia não exerceu o seu direito ao voto, pelo que não entrou na contagem da votação. Trata-se da 28.ª vez consecutiva, desde 1992, que a grande maioria dos estados-membros das Nações Unidas pede, na sua Assembleia Geral, o levantamento do cerco imposto por Washington à ilha caribenha há quase seis décadas. Na véspera do dia de votação, mais de 40 representantes de países e organizações internacionais, como o Movimento de Países Não Alinhados e o Grupo dos 77 mais China (G77+China), pronunciaram-se contra o bloqueio e exigiram o fim da sua aplicação. Diplomatas e altos representantes de vários países condenaram o recrudescimento da política hostil, bem como as medidas coercitivas unilaterais impostas pelos Estados Unidos a Cuba. Ao intervirem – lembra a Prensa Latina –, denunciaram de modo reiterado o aumento das agressões de Washington contra a maior ilha das Antilhas e sublinharam que o cerco norte-americano representa o principal obstáculo ao desenvolvimento sustentável de Cuba, constituindo além disso uma violação dos direitos humanos de todo um povo. Apesar da rejeição esmagadora do cerco a Cuba na Assembleia Geral das Nações Unidas desde 1992, a administração norte-americana não só insiste na sua política hostil como a incrementa. Para além disso, à semelhança de outros anos, os EUA voltaram a exercer fortes pressões e chantagens sobre vários países – sobretudo os latino-americanos – para que alterassem o seu posicionamento relativamente ao bloqueio. Tais medidas e manobras de bastidores foram denunciadas pelo ministro cubano dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, que lembrou ainda o fracasso da representação dos EUA nas Nações Unidas, o ano passado, na tentativa de emendar e alterar a natureza do documento, e, desse, modo, enfraquecer o apoio a Cuba. De acordo com dados oficiais divulgados pelas autoridades cubanas, o cerco imposto por Washington a Cuba há quase seis décadas provocou prejuízos superiores a 922 630 000 000 de dólares. No entanto, destacou o diplomata cubano, «os danos humanos causados por essa política genocida são incalculáveis». No debate sobre a resolução, o ministro cubanos dos Negócios Estrangeiros afirmou que os Estados Unidos não têm «qualquer autoridade moral para criticar o seu país ou outro qualquer em matéria de direitos humanos», tendo apresentado diversos dados sobre pobreza, desigualdade, apoios sociais, saúde, educação, violência, racismo ou repressão que fazem dos EUA um dos maus exemplos, a nível mundial, no que aos direitos humanos respeita. Na sua conta de Twitter, Bruno Rodríguez, referiu-se ainda à votação como «uma outra contundente vitória de Cuba, do seu povo heróico», que reflecte um «indiscutível isolamento dos EUA». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Referiu-se igualmente à aposta permanente do país no desenvolvimento científico, na tecnologia e inovação como pilar da gestão de governo e das transformações que «garantem o progresso do nosso modelo socialista», disse. «O bloqueio continua a limitar estes esforços, jamais renunciaremos ao nosso projecto de justiça social», frisou, citado pela Prensa Latina. «Cuba tem direito a viver sem bloqueio, em paz e, dessa forma, os Estados Unidos seriam também um país melhor», afirmou ainda o diplomata. No próximo mês de Novembro, a Assembleia Geral das Nações Unidas irá analisar e votar, pela trigésima vez, a questão do cerco imposto pelos Estados Unidos da América a Cuba. Nas ocasiões anteriores, a política norte-americana em relação à Ilha foi rejeitada de forma quase unânime, tanto pelo «resto do mundo» como pela chamada «comunidade internacional». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Além disso, a associação Codepink entregou ao Departamento de Estado uma petição subscrita por mais de 10 mil pessoas e mais de 100 organizações em que se pede a retirada de Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo. Na sua conta de Twitter, o ministro cubano dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, valorizou estas iniciativas, nos Estados Unidos, a favor do levantamento do bloqueio e da saída de Cuba da lista unilateral criada por Washington com países patrocinadores do terrorismo. Acrescentou que as manifestações de solidariedade com a Ilha ocorrem na antevéspera de «outra contundente condenação da comunidade internacional nas Nações Unidas, no próximo 2 e 3 de Novembro». Recentemente, ao apresentar um novo relatório sobre o impacto do cerco unilateral, Bruno Rodríguez, afirmou que, entre Agosto de 2021 e Fevereiro de 2022, o bloqueio provocou perdas superiores a 3,8 mil milhões de dólares, verba que classificou como «histórica» para um período de apenas sete meses. Em solidariedade com Cuba e a aquecer os motores para a votação de 2 e 3 de Novembro, nos últimos dias houve concentrações, mobilizações, declarações de apoio a Cuba em países como Nicarágua, Argentina, Canadá, Bahamas, Venezuela, Líbano, Palestina, Bélgica, Chile, Uruguai, Itália, Equador, Peru, Suécia, Bolívia, entre outros. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Rodríguez referiu-se igualmente ao impacto extraterritorial desta política de asfixia, que «fere a soberania dos países das Nações Unidas, sanciona os seus empresários e impede o acesso aos seus portos dos barcos de terceiros que atracaram em Cuba». A resolução agora aprovada junta-se às 29 que mereceram o apoio da grande maioria dos países na Assembleia Geral das Nações Unidas desde 1992 – só em 2020 Cuba não levou o texto ao plenário, devido à pandemia de Covid-19. Na votação sobre a resolução proposta a 23 de Junho do ano passado, 184 países mostraram-se a favor da eliminação do cerco, dois contra (Estados Unidos e Israel) e três abstiveram-se (Brasil, Ucrânia e Colômbia). Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
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Em alusão a mais um «último domingo de mês sinónimo de solidariedade com Cuba», o ministro cubano dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, agradeceu, na sua conta de Twitter (X), as mobilizações protagonizadas por amigos do país e compatriotas em várias partes do mundo contra o bloqueio imposto pelos Estados Unidos.
Nesse sentido, destacou que as mobilizações se mantêm há mais de três anos consecutivos, de forma ininterrupta, para exigir o fim do bloqueio e da política de hostilidade contra Cuba.
Além da Bolívia, este fim-de-semana amigos solidários e cubanos residentes no estrangeiro mobilizaram-se em países como Argentina, Bahamas, São Cristóvão e Neves, Canadá e Panamá.
Há mais de 30 anos que o mundo reafirma, na Assembleia Geral das Nações Unidas, o repúdio pelo bloqueio norte-americano, uma política que atingiu níveis sem precedentes durante o período de impacto da Covid-19, tendo como propósito estrangular a economia do país antilhano e provocar uma mudança de regime.
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