«Sem dúvida, o caminho do conhecimento está no desenvolvimento da União, e é uma das razões pelas quais Cuba quer desenvolver as relações com a UEE», disse o chefe de Estado caribenho no seu discurso, esta quarta-feira.
No Kremlin, onde decorreu o Conselho Supremo da UEE, Díaz-Canel reafirmou que o seu país coloca à disposição dos membros da organização as conquistas nas áreas da medicina, da biotecnologia e da farmacêutica.
Agradeceu ainda o convite que lhe foi endereçado no sentido de que empresas cubanas participem no desenvolvimento tecnológico da UEE, refere a Prensa Latina.
«Somos um país pequeno submetido a um bloqueio que procura tornar mais difícil a vida quotidiana do povo», afirmou o presidente cubano, acrescentando que «a injusta inclusão do país na lista de países patrocinadores do terrorismo afecta o desenvolvimento das relações de Cuba».
Congratulando-se com os avanços da UEE na última década, que propiciaram o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos países que integram o organismo (Arménia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão e Rússia; Uzbequistão e Cuba são observadores), o chefe de Estado cubano transmitiu a todos a gratidão do povo cubano pelo voto anual destes países contra o bloqueio imposto à Ilha.
A União Económica Euroasiática existe desde Janeiro de 2015 e Cuba detém o estatuto de observador desde 2020, tendo sido este o primeiro Conselho Supremo presencial em que o presidente cubano participou.
Crescimento das relações comerciais, apesar das sanções
No decorrer do encontro, o presidente russo, Vladimir Putin, destacou o crescimento do volume comercial da UEE, tendo referido que isso evidencia a «eficácia» perante o cerco de sanções.
«A União Euroasiática mostrou a sua eficácia face a novos desafios, incluindo os ligados às políticas de sanções aplicadas por alguns países e ao desmantelamento de muitos fundamentos básicos do comércio internacional», destacou o presidente russo, acrescentando que, numa década de trabalho, se conseguiu manter a estabilidade na região, no meio de uma crise a nível global.
Neste contesto, indica a Prensa Latina, referiu-se ao desenvolvimento de um transporte com maiores ligações, sobretudo marítimas e terrestres, pelo corredor da Sibéria, ao fomento da cooperação e ao apoio à alternativa chinesa do Cinturão e Rota.
Por seu lado, ao intervir, o primeiro-ministro da Arménia, Nikol Pashinian, chamou a atenção para a necessidade de dinamizar as trocas de produtos com recurso a assinaturas e código QR, para alcançar maior segurança e controlo das actividades comerciais.
Já o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, destacou a possibilidade de aumentar os contactos empresariais com países da América Latina e de África, considerando que «estas regiões despertaram do neocolonialismo, se tornaram independentes das suas antigas metrópoles, procuram maior soberania».
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