Segundo explicou a Confederação Intersindical Galega (CIG), só entrou o «pessoal designado como serviços mínimos», pelo que a produção tanto na fábrica de Sabón (no Município de Arteixo) como de Serrabal (Concelho de Vedra) esteve totalmente paralisada.
No caso da fábrica de Arteixo (onde a greve foi convocada para o período entre as 6h de quarta-feira e as 6h de hoje), a CIG critica os serviços mínimos «abusivos» impostos pela empresa para o turno desta última noite, com o intuito de adiantar o arranque dos fornos e, assim, ter as instalações a funcionar em pleno quando entrasse o pessoal esta manhã.
Na mina de quartzo de Serrabal, a greve decorreu entre as 7h e as 22h (abrangendo dois turnos) e, apesar de terem chegado ao local vários camiões para carregar material, tiveram de dar a volta, em virtude da adesão total à greve, indica a central sindical.
Insistência no congelamento dos salários
A greve desta quarta-feira enquadra-se num calendário de mobilizações iniciado em Maio último e já com acções concretizadas também a 4 e 5 deste mês.
Em causa, denuncia a CIG, está a falta de avanços na negociação colectiva e a recusa da empresa em aceitar aumentos salariais que no mínimo garantam a manutenção do poder de compra dos trabalhadores.
Ao invés, «depois de numerosas reuniões, a FerroGlobe teima no congelamento dos salários para 2023 e em propostas irrisórias que não garantem a manutenção do poder de compra».
Os trabalhadores criticam esta «atitude imobilista», sobretudo num contexto em que a empresa tem «excelentes resultados económicos» e em que a administração distribuiu «bónus estratosféricos».
Para a semana que vem está convocada uma nova reunião, mas, se não ocorrerem avanços significativos e se se mantiverem as «propostas de miséria», os trabalhadores da FerroGlobe não põem de lado a continuidade das medidas de protesto.
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