|Índia

Esquerda indiana expressa «solidariedade total» ao povo palestiniano

Numa mobilização em Nova Déli, diversos partidos de esquerda denunciaram «o genocídio e as atrocidades levadas a cabo por Israel» e exigiram a Modi o fim da cooperação militar com esse Estado.

Em Nova Déli, partidos de esquerda denunciaram o genocídio em Gaza e exigiram o fim da cooperação militar com Israel Créditos / @cpimspeak

Representantes de forças de esquerda no país sul-asiático afirmaram a «solidariedade total» com o povo palestiniano no decorrer de uma mobilização realizada este sábado na capital da Índia, Nova Déli.

A exigência da suspensão de qualquer acordo militar com Israel e o fim do envio de armas para o regime sionista foram igualmente expressos na iniciativa convocada pelo Partido Comunista da Índia (Marxista), Partido Comunista da Índia, Partido Socialista Revolucionário, Bloco de Avanço de Toda a Índia e Partido Comunista da Índia (Marxista-Leninista) Libertação.

Para os oradores, o facto de o governo indiano vender equipamento militar a Israel torna o país «cúmplice da guerra e da violação da resolução do Tribunal Internacional de Justiça», pelo que o executivo de Narendra Modi deve aplicar um embargo militar a Israel e pôr fim a qualquer forma de cooperação militar.

Na iniciativa deste sábado na capital indiana, reclamou-se a declaração de Israel como «Estado de apartheid» / @cpimspeak

Na mobilização, que contou com a participação e as intervenções de vários representantes dos partidos referidos e de activistas solidários com a Palestina, sublinhou-se que Israel está a cometer um genocídio nos territórios ocupados, em particular na Faixa de Gaza.

Segundo refere o Partido Comunista da Índia (Marxista) na sua página de Twitter (X), os presentes exigiram igualmente um cessar-fogo imediato e o reconhecimento do Estado da Palestina.

Reclamaram ainda o fim da cooperação no que respeita ao envio de mão-de-obra indiana para o Estado sionista, tendo em conta que estes trabalhadores vão substituir os palestinianos que deixaram de poder trabalhar em Israel, e exigiram a aplicação de sanções legais, diplomáticas, financeiras e económicas ao governo israelita.

Os participantes na iniciativa exigiram ainda que Israel seja declarado um «Estado de apartheid», solicitando ao comité especializado das Nações Unidas que tome as medidas necessárias para pôr fim ao regime de apartheid que Israel aplica nos territórios ocupados.

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Em dez dias, Israel atacou seis escolas-refúgio na Faixa de Gaza

Esta terça-feira, as forças israelitas bombardearam vários pontos em Gaza, incluindo a escola al-Razi, em Nuseirat, e a chamada «zona segura» de al-Mawasi, provocando a morte a pelo menos 48 palestinianos.

Créditos / Unrwa

Segundo referem as autoridades palestinianas, só nos ataques a Nuseirat e al-Mawasi as tropas israelitas mataram pelo menos 43 pessoas e deixaram feridas mais de 70.

Um outro ataque, em Beit Lahia, no Norte do enclave, matou outras cinco pessoas.

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Novo ataque israelita a escola-refúgio em Gaza faz pelo menos 30 mortos

Caças israelitas bombardearam uma escola transformada em refúgio nas imediações de Khan Younis, esta terça-feira, provocando pelo menos 30 mortos. É o quarto ataque do género em quatro dias.

Palestinianos fogem de Khan Younis, com os pertences que conseguem levar, depois de uma ordem de evacuação dada pelo Exército israelita, a 2 de Julho de 2024 Créditos / Anadolu

De acordo com fontes médicas e oficiais, as forças israelitas bombardearam tendas que se encontravam no interior da escola al-Awda, na cidade de Abasan al-Kobra, a leste de Khan Younis (Sul da Faixa de Gaza), matando pelo menos três dezenas de pessoas – deslocados que ali procuraram refúgio.

Segundo refere a Al Jazeera, dezenas de feridos foram levados para o Hospital Nasser, na segunda maior cidade do enclave palestiniano, que se debate com falta de medicamentos e material médico.

Um dos médicos que trabalham na unidade hospitalar disse ao canal em inglês que muitos dos casos que ali chegam são facilmente tratáveis, mas não no actual contexto, devido à falta de tudo, incluindo analgésicos.

Uma criança palestiniana no meio de casas destruídas pelos bombardeamentos israelitas em Nuseirat, Faixa de Gaza, em Julho de 2024 // Ramandan Abed / Al Jazeera

Sem anti-sépticos e outros medicamentos necessários, as suas feridas pioram rapidamente, e isto está a contribuir para aumentar o número de mortes, disse.

Quarto ataque israelita a escolas em quatro dias

Desde sábado, as forças de ocupação israelitas mataram dezenas de palestinianos que procuraram refúgio em quatro escolas na Faixa de Gaza.

De acordo com a fonte, as forças israelitas reconheceram os quatro ataques, alegando que a sua aviação tinha como alvo combatentes da resistência palestiniana.

No sábado, um ataque israelita matou 16 palestinianos que estavam abrigados na escola al-Jawni, administrada pela ONU, em Nuseirat, revelou o Ministério da Saúde em Gaza.

A agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos – Unrwa precisou que se encontravam no local cerca de 2000 pessoas refugiadas quando o ataque ocorreu.

No dia seguinte, outro ataque israelita provocou a morte de quatro palestinianos na escola da Sagrada Família, na Cidade de Gaza. O Patriarcado Latino, que administrava a escola, disse que centenas de pessoas se encontravam abrigadas nas suas instalações antes do ataque.

Nuseirat, no Centro da Faixa de Gaza, tem sido alvo de ataques constantes das forças israelitas, que também atingiram duas escolas utilizadas como refúgio para deslocados // Ramandan Abed / Al Jazeera

Esta segunda-feira, sete pessoas ficaram feridas em resultado de um ataque israelita a uma escola dirigida pela Unrwa em Nuseirat, no Centro da Faixa de Gaza. Foram todas levadas para o Hospital al-Awda.

Bombardeamentos e raides continuam

Tanto a agência Wafa como a Al Jazeera dão conta de múltiplos ataques israelitas, nas últimas horas, na Faixa de Gaza cercada há 17 anos, com particular incidência nas regiões Centro e Sul do território.

Além disso, referem-se também ao incremento das operações israelitas em localidades da Margem Ocidental ocupada, como Tulkarem, Nablus, Ramallah, Jericó, Salfit ou al-Khalil (Hebron).

Desde o começo da mais recente agressão israelita à Faixa de Gaza, a 7 de Outubro de 2023, pelo menos 38 243 palestinianos foram mortos, estimando-se que pelo menos outros dez mil estejam mortos sob os escombros das suas casas. No mesmo período, há registo de 88 033 pessoas feridas, refere a Wafa.

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O bombardeamento da escola al-Razi, no campo de refugiados de Nuseirat (Centro da Faixa de Gaza), é o sexto ataque em dez dias a escolas dirigidas pelas Nações Unidas e as suas agências.

Entre os mortos nos ataques de ontem conta-se o jornalista Mohammad Meshmesh, refere a Al Jazeera, acrescentando, com base em fontes locais, que se trata do 160.º trabalhador da imprensa a ser morto no contexto da agressão israelita.

«Nenhum lugar é seguro»

A agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (Unrwa) afirmou que as forças de ocupação israelitas atingiram 70% das suas escolas em Gaza desde Outubro último.

«Mais de 95% destas escolas eram utilizadas como refúgio quando foram atingidas. 539 pessoas refugiadas em instalações da Unrwa foram mortas», afirmou a organização na sua conta de Twitter (X).

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Equipas médicas recuperam dezenas de corpos após retirada israelita de Shujaiya

Na sequência da ofensiva prolongada israelita contra o bairro a leste da Cidade de Gaza, ambulâncias e equipas de defesa civil afirmaram ter recuperado dezenas de corpos das ruas e dos escombros.

Destruição no Bairro de Shujaiya (Cidade de Gaza), na sequência da invasão e dos bombardeamentos israelitas Créditos / PressTV

Esta quinta-feira, testemunhas deram conta da saída dos tanques e tropas israelitas de Shujaiya, declarando que se moveram para outras zonas da Cidade de Gaza.

O bairro era há muito alvo de uma ofensiva terrestre israelita e palco de intensos combates entre as forças de ocupação e as da resistência palestiniana.

Fontes locais disseram à Wafa que mais de 85% dos edifícios residenciais foram ali destruídos pelos bombardeamentos aéreos e de artilharia israelita, tornado Shujaiya inabitável e uma terra de ninguém devastada.

As mesmas fontes revelaram que foi ali destruída uma unidade de saúde que prestava cuidados a mais de 60 mil pessoas, tornando mais aguda a crise humanitária.

A retirada das tropas israelitas – que alguns pensam ser apenas táctica – permitiu aferir o grau de destruição, com blocos residenciais inteiros transformados em escombros e ruas desaparecidas do mapa.

As equipas de defesa civil disseram à Wafa, ontem, que tinham conseguido recuperar mais de 60 corpos de pessoas mortas do meio dos escombros, num contexto em que há registo de algumas terem sido abatidas a sangue frio pelas tropas israelitas quando tentavam escapar pelos seus próprios meios.

Estas equipas temem que muitas vítimas mais se encontrem sob os escombros. Numa mensagem publicada no Telegram, a que a Al Jazeera faz referência, a defesa civil fala em «cenas trágicas» e em dezenas de corpos espalhados pelas ruas e dentro das casas.

«O panorama agora na área industrial é muito difícil e trágico, depois de o Exército de ocupação se ter retirado», afirmou a fonte, acrescentando que as forças israelitas incendiaram muitas casas antes de saírem dali.

Entretanto, os bombardeamentos israelitas prosseguem noutras áreas do enclave costeiro. Até ontem, de acordo com as autoridades de saúde, a agressão israelita iniciada a 7 de Outubro provocou 38 345 mortos palestinianos (verificados) e 88 295 feridos.

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«Nenhum lugar é seguro. O desrespeito flagrante pelas instalações da ONU e pelo direito humanitário tem de acabar», acrescentou.

Os ataques desta terça-feira seguem-se ao massacre de al-Mawasi – uma «zona segura» designada por Israel a oeste de Khan Younis –, perpetrado no sábado passado pelas tropas israelitas. Pelo menos 90 pessoas foram ali mortas e cerca de 300 ficaram feridas. Israel alegou que pretendia matar dois comandantes de uma das alas militares da resistência palestiniana.

De 7 de Outubro até ontem, pelo menos 38 713 palestinianos foram mortos e 89 166 ficaram feridos em resultado da agressão israelita à Faixa de Gaza, refere a Wafa, acrescentando que a maioria das vítimas são mulheres e crianças, e que as autoridades estimam que haja pelo menos mais dez mil mortos sob os escombros.

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Com as notícias de bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza a sucederem-se – também em escolas, unidades hospitalares e campos de refugiados –, pelo menos 39 623 palestinianos foram ali mortos desde 7 de Outubro, referiu a Wafa esta segunda-feira, com base em dados das autoridades de saúde. No mesmo período, pelo menos 91 469 foram feridos.

Mais de 600 mortos na Cisjordânia

Ao referir-se a mais uma noite de raides e detenções israelitas em vários pontos da Margem Ocidental ocupada, a Al Jazeera afirma que, no período da mais recente agressão à Faixa de Gaza, Israel efectuou pelo menos 9920 detenções na Cisjordânia ocupada.

Nesta mesma fase, precisa, pelo menos 604 palestinianos foram mortos por tropas ou colonos israelitas – incluindo 144 menores – e 5400 foram feridos.

A mesma fonte indica que duas dezenas de presos palestinianos morreram em cadeias israelitas (sendo sete de Gaza e dois árabes israelitas), acrescentando que, nos últimos dez meses, as forças israelitas retiveram 131 corpos de palestinianos – quatro dos quais no sábado passado, perto de Tulkarem.

De acordo com a Campanha Nacional pela Recuperação dos Corpos de Palestinianos e Árabes Mortos por Israel e pelo Esclarecimento do Destino dos Desaparecidos, neste momento Israel mantém retidos 533 corpos de palestinianos.

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