A venda de armamento a Israel não será para amanhã, uma vez que a entrega do material bélico está prevista para 2029 mas, tendo em conta os recentes acontecimentos e a escalada de tensões e provocações, parece um apoio político inegável a longo prazo.
A administração cessante de Joe Biden, na linha de continuidade do que tem sido a sua política externa e avaliando que não haverá alterações substanciais no futuro, anunciou a venda de mais de 18 mil milhões de euros de armamento a Israel.
No comunicado que anuncia o negócio, a Agência de Cooperação para a Segurança da Defesa diz que «os Estados Unidos estão empenhados na segurança de Israel e é vital para os seus interesses nacionais ajudar Israel a desenvolver e a manter uma capacidade de auto-defesa forte e pronta».
Na mesma altura em que a venda do pacote militar que inclui 50 caças F-15 foi anunciado, Joe Biden, numa deslocação a Nova Orleães, dizia que o cessar-fogo poderia desanuviar a tensão que se sente no Médio Oriente e levar o Irão a recuar. O mesmo, optou por não dizer que enquanto se falava de um cessar-fogo, o Estado sionista iria ver a sua capacidade bélica reforçada.
Mais uma vez os EUA parecem estar a ir no sentido contrário ao sentido da paz. De acordo com o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo, entre 2019 a 2023, Israel aumentou sua importação de armas em 5% e o Irão, em 2023, realizou a sua maior compra militar dos últimos 20 anos, importando 24 jatos de combate à Rússia. O mesmo instituto conclui ainda que os EUA são responsáveis pela venda de quase 70% das armas importadas pelos sionistas.
As armas, ao contrário do que muitos alegam, não têm sido usadas para a defesa e ainda hoje foi revelado que desde o dia 7 de Outubro mais de 40 000 mil pessoas na Faixa de Gaza graça a ataques israelitas. Só ontem os ataques de Israel vitimaram 40 palestinianos.
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