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Trabalhadores do Bingo Boavista exigem respostas, Governo desconhece seus direitos

Somam-se mais de dois anos de espera para a reabertura da casa e a devida reintegração dos trabalhadores nos postos de trabalho.

A persistência dos trabalhadores do Bingo Boavista e do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte (SHN/CGTP-IN) é incessante. Desde que a antiga concessionária da sala de jogos, a espanhola Pefaco, declarou insolvência e encerramento das actividades, os profissionais lutam pela reabertura e manutenção dos seus postos de trabalho.

Já lá vão dois anos desde a assinatura do contrato com a nova concessionária Venistiplet Gamming, também espanhola, em Março de 2022. O acordo com o Estado previa a reabertura seis meses após essa data, mas com sucessivos adiamentos, tudo continua estagnado.

Frente a estas incertezas, os trabalhadores e o SHN continuam na luta pela reintegração, contudo o Governo parece não conhecer esses direitos, como visto na última reunião com a Secretaria de Estado do Turismo, onde compareceram apenas os assessores. «O  assessor jurídico presente disse que os trabalhadores já não tinham quaisquer direitos, desconhecendo completamente o que dispõe o Código do Trabalho, a Directiva Comunitária, a jurisprudência portuguesa e europeia e, particularmente, o concurso público e o caderno de encargos assinado que obriga a nova concessionária a reintegrar os trabalhadores e que os assessores tinham a obrigação de conhecer se tivessem feito o trabalhado de casa, o que não foi o caso», relata a estrutura sindical.

No mesmo comunicado, adianta-se uma nova reunião já marcada entre o sindicato e a empresa, com a mediação do Ministério do Trabalho, para o próximo dia 28 de Agosto.

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