Segundo a nota divulgada pelo Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), o navio de pavilhão português Kathrin, registado no Registo Internacional de Navios da Madeira, está neste momento a navegar junto ao Cabo da Boa Esperança para entregar material bélico a Israel.
Para o MPPM, «a confirmar-se, esta notícia reveste-se da maior gravidade e exige um esclarecimento peremptório e detalhado da parte do Governo português», uma vez que isso «significa que Portugal está directamente envolvido, no caso através do Registo Internacional de Navios da Madeira, no apoio militar a Israel quando este país leva a cabo uma campanha genocida sobre a população palestina».
Na denúncia feita, o movimento recorda que Israel tem pendente no Tribunal Internacional de Justiça um processo por crime de genocídio movido pela África do Sul a que se juntaram diversos países, além do facto de Portugal ser signatário da Convenção para a Repressão e Prevenção do Crime de Genocídio aprovada pela Assembleia Geral da ONU.
Neste sentido, a acção de Portugal reveste-se de gravidade que a sua associação a Israel, mesmo que de forma indirecta pode tornar o país cúmplice do crime de genocídio e por isso passível de procedimento por parte do Tribunal Internacional de Justiça.
O MPPM «exige que o governo português esclareça de maneira detalhada a situação concreta deste navio e a qualidade da carga que ele nesta altura transporta e que, no limite, retire ao armador o pavilhão nacional».
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