De acordo com a imprensa alemã, citada pela Efe, a empresa notificou na terça-feira o sindicato IG Metall da rescisão do acordo colectivo de garantia de emprego, renovado desde 1994 e que excluía os despedimentos por motivos operacionais.
Este acordo expira no final do ano e os despedimentos serão assim possíveis a partir de Julho de 2025, se o sindicato e a empresa não chegarem a um acordo antes dessa data. Outros acordos, como a garantia de contratação de estagiários profissionais e as regras relativas ao trabalho temporário, também serão rescindidos no final do ano, com o objectivo de renegociar, entre outras coisas, os salários dos trabalhadores e dos gestores.
A empresa alega ter de se colocar «em condições de reduzir os custos na Alemanha para um nível competitivo, de modo a podermos investir em novas tecnologias e novos produtos com a nossa própria força», enquanto a comissão de trabalhadores assume que se vai defender «ferozmente contra este ataque histórico» aos seus postos de trabalho, segundo o diário alemão Spiegel.
O grupo automóvel alemão, que em 2023 obteve um lucro líquido de 16 013 milhões de euros, mais 7,6% do que no ano anterior, e tem em curso medidas como reformas antecipadas e «saídas voluntárias» de trabalhadores, diz estar a considerar o fecho de fábricas e despedimentos na Alemanha, como parte do plano de redução de custos, para fazer face ao que designa de «situação extremamente tensa».
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