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Enfermeiros arrancam amanhã para dois dias de greve nacional

Houve ronda negocial com o Governo no passado dia 12 de Setembro, mas o Governo teima em desprezar os profissionais de saúde. Porque não aceitam não aceitam «retoques de cosmética» na grelha salarial, os próximos dois dias são de greve. 

Pa­ra­li­sação Na­ci­onal de Enfermeiros, concentração do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN) a 13 de Outubro de 2016
CréditosFábio Augusto

O actual Governo encarou o sector da saúde um terreno para afiar as facas e colocar em prática uma das componentes do seu projecto ideológico e os seus profissionais são os alvos prioritários dos ataques. Médicos, enfermeiros e restantes trabalhadores do SNS não têm desarmado face aos ataques e a luta tem-se intensificado. 

Neste sentido, os enfermeiros, após ronda negocial no presente mês, e com um Verão recheado de luta, consideram necessário o caudal aumentar, dado o desagrado evidente. A reunião com o Governo não trouxe alterações, e o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN) considerou a proposta de revisão da grelha salarial como «retoques de cosmética».

Depois de uma greve nacional de 2 de Agosto e as várias concentrações pelo país, com diversas denúncias públicas realizadas regionalmente, integradas no plano nacional, é momento para avançar com nova greve. 

É certo que a luta já trouxe a resolução de alguns problemas já levantados, como é caso do problema das colegas que, por gozo do direito de parentalidade, não haviam transitado para a categoria de especialista e o pagamento das dívidas até 31 de janeiro de 2023, por parte das Administrações Regionais de Saúde. 

A questão é que ainda há vários problemas para resolver. O SEP/CGTP-IN ainda exige uma justa valorização de todas as posições remuneratórias de todas as categorias da Carreira de Enfermagem; a compensação do risco e penosidade; a correção de todas as Injustiças Relativas e discriminações relacionadas com a Contagem de Pontos, desde logo o pagamento dos devidos retroativos desde 2018; ou a transição para a respectiva categoria de todos os enfermeiros detentores do título de Enfermeiro Especialista até 31 de maio de 2019. 

Na medida em que o Governo e tutela continuam a ignorar estes problemas e a direccionar o financiamento que os resolveria para os grupos privados do negócio da doença, nos próximos dois dias, 24 e 25 de Setembro, os enfermeiros irão partir para a greve, conscientes que por vontade própria o executivo PSD/CDS-PP não irá satisfazer as reivindicações dos profissionais de saúde. 
 

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