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Um terço dos pobres trabalham, mas Governo acha «significativa» subida do SMN

Após reunião da Concertação Social, o Governo confirmou a proposta de Salário Mínimo Nacional de 870 euros. Em Portugal, cerca de um terço dos pobres são trabalhadores, a maioria dos quais com vínculos estáveis e salários certos ao fim do mês.

À saída da reunião da Concertação Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, adiantou que apresentou aos «parceiros sociais» uma proposta de aumento de Salário Mínimo Nacional para os 870 euros.

A subida de 50 euros, pode parecer muito, mas além de não responder às dificuldades dos trabalhadores, visa garantir que o patronato fica satisfeito, já que o presidente Armindo Monteiro, presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), vincou que as empresas precisam de benefícios fiscais e o Governo teima em manter as reduções do IRC no Orçamento do Estado. 

Para o Governo, esta subida do Salário Mínimo Nacional é «significativa», mas a ministra nunca menciona que a inflação dos últimos anos veio roubar rendimentos aos trabalhadores e que, desta forma, houve uma redução do salário real de quem vive dos rendimentos do seu trabalho. 

Dado este facto, no final da reunião da Concertação Social, o secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, considerou que «é preciso ir muito mais longe do que aquilo que está no acordo de rendimentos». Por esta mesma razão, a Intersindical Nacional, entre os dias 7 de Outubro a 8 de Novembro, irá realizar uma campanha de mobilização, reivindicação e luta com o foco no aumento dos salários e pensões de forma a responder à grave situação económica e social que se vive. Agendada também está uma manifestação nacional, em Lisboa e no Porto, para o dia 9 de Novembro. 

Enquanto os trabalhadores se preparam para lutar pelas suas vidas, o Governo tem-se preocupado com jogos palacianos. Nas várias trocas de argumentos e reuniões secretas com PS, Iniciativa Liberal e Chega, de pouco ou nada se tem falado dos conteúdos concretos ou das opções de fundo que se irão inscrever no Orçamento do Estado para 2025. 
 

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