«Sem justiça não há paz» é o lema da manifestação convocada pelo movimento Vida Justa, para protestar contra a violência policial nos bairros e homenagear Odair Moniz, morto pela polícia na madrugada de segunda-feira. Entretanto, as autoridades autorizaram que a contramanifestação do Chega terminasse no mesmo local: a Assembleia da República.
O Vida Justa assume que se trata de uma decisão «ilegal», pelo facto de a sua manifestação ter sido marcada primeiro e não serem permitidas contramanifestações, mas também «irresponsável». «Estamos cientes que o Chega, que defende que Portugal estaria melhor se os polícias matassem mais pessoas, está interessado em criar incidentes, mas a manifestação dos bairros é pacífica e responsável, mesmo quando as autoridades não o estejam a ser», lê-se numa nota do movimento.
Assim, a manifestação «Sem justiça não há paz», com início no Marquês de Pombal, pelas 15h, termina na Praça dos Restauradores.
No seguimento da morte de Odair Moniz, o Vida Justa exigiu uma investigação «séria e isenta», salientando que os moradores dos bairros «precisam de paz e não de serem assassinados». Simultaneamente, reforçou o pedido de audiência à ministra da Administração Interna, «para que se ponha cobro ao assédio e violência policial que sofrem as comunidades dos bairros».
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui